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Bebida
Miolo leva parte da produção para Candiota
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A Vinícola Miolo, dos irmãos Darcy, Paulo e Antonio, está encravada no Vale
dos Vinhedos, ao lado de
Bento Gonçalves (RS). A casa gaúcha começou a elaborar vinhos em 1990: apenas
8.000 garrafas de merlot
modeladas pelo enólogo
Adriano Miolo, filho de
Darcy.
Hoje, produz cerca de 4,5
milhões de garrafas de vinho
por ano (que incluem tintos
de ponta como o Terroir), e o
trio ampliou as operações no
Estado com a compra de
1.200 hectares em Candiota,
no sul, próximo da cidade de
Bagé e da divisa com o Uruguai, nova fronteira vitivinícola do Brasil.
"A terra é muito mais barata que aqui [umas 30 vezes]", explica Adriano, atual
diretor técnico do grupo.
"Chove menos também durante a maturação, favorecendo a qualidade dos grãos
e diminuindo o custo do tratamento das videiras."
Estréia dos tintos
O novo reduto, a Fortaleza
do Seival, abriga 130 hectares de vinhas (que chegarão a
400 em 2012) com variedades diferentes, como as ibéricas, e uma vinícola, ainda
em construção, que estreou
em 2007 com os tintos (os
brancos continuarão sendo
vinificados em Bento Gonçalves até 2008).
Da propriedade, nascem
duas linhas de vinhos. A primeira, básica, é a Fortaleza
do Seival, que reúne varietais. Destaque entre os provados lá para três rubros frutados da safra 2007: o Pinot
Noir, que mostrou bom aroma e concentração, o Tempranillo, com bela textura e
equilíbrio, e o Tannat, estruturado e denso (os três 86/
100, R$ 18 cada um).
A segunda, a Quinta do
Seival, conta com dois tintos.
Menção para dois 2004, o
Cabernet Sauvignon (redondo, marcado por cassis e baunilha), e o Castas Portuguesas, corte de touriga nacional, aragonês e afrocheiro,
macio, unindo fruta e leve
toque de couro (ambos 88/
100, R$ 39, todos à venda na
Miolo, tel. 0800-9704165).
JORGE CARRARA viajou ao Rio Grande do
Sul a convite da Miolo Wine Group
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