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Salas populares alavancam dublados
DE SÃO PAULO
Há dez anos, 80% dos 20
campeões de bilheteria haviam sido lançados com cópias legendadas nos cinemas
brasileiros. Em 2009, essa
porcentagem caiu para 46%.
De acordo com Ricardo
Szperling, diretor de programação do Cinemark, as versões dubladas não apenas representaram 54% do total de
cópias lançadas -entre os 20
mais vistos- como atraíram
58% do público da rede no
ano passado.
A curva começou a ser desenhada com a melhoria do
som das salas e da dublagem
e acentuou-se, nos últimos
três anos, devido a uma mudança no perfil da plateia.
"É difícil haver pedidos de
cópias dubladas de filmes
para adultos em regiões que
não sejam populares", crava
Szperling.
Dentre os complexos do
Cinemark em São Paulo, chamam a atenção, pelo gosto
por filmes dublados, as unidades nos shoppings Interlagos e Aricanduva.
A resistência, por outro lado, concentra-se no que o
executivo chama de "circuito
marginal Pinheiros", nos
shoppings Iguatemi e Cidade
Jardim.
Como toda mudança, essa
também tem gerado dúvidas.
Que filme lançar dublado?
Como distribuir as cópias? "A
gente conversa com o gerente da sala, mas é um termômetro complicado. Sempre
vai ter reclamação", diz.
Rodrigo Saturnino Braga,
diretor-geral da Sony Pictures, diz ter acertado, por
exemplo, ao lançar a versão
dublada de "Plano B", algo
impensável há pouco tempo.
Arrependeu-se, porém, de
não tê-lo feito com "Comer,
Rezar e Amar". "Tivemos reclamações por só ter a versão
legendada. Se fosse lançar
hoje, eu diria: "Dubla!'".(APS)
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