São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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Salas populares alavancam dublados

DE SÃO PAULO

Há dez anos, 80% dos 20 campeões de bilheteria haviam sido lançados com cópias legendadas nos cinemas brasileiros. Em 2009, essa porcentagem caiu para 46%.
De acordo com Ricardo Szperling, diretor de programação do Cinemark, as versões dubladas não apenas representaram 54% do total de cópias lançadas -entre os 20 mais vistos- como atraíram 58% do público da rede no ano passado.
A curva começou a ser desenhada com a melhoria do som das salas e da dublagem e acentuou-se, nos últimos três anos, devido a uma mudança no perfil da plateia.
"É difícil haver pedidos de cópias dubladas de filmes para adultos em regiões que não sejam populares", crava Szperling.
Dentre os complexos do Cinemark em São Paulo, chamam a atenção, pelo gosto por filmes dublados, as unidades nos shoppings Interlagos e Aricanduva.
A resistência, por outro lado, concentra-se no que o executivo chama de "circuito marginal Pinheiros", nos shoppings Iguatemi e Cidade Jardim.
Como toda mudança, essa também tem gerado dúvidas. Que filme lançar dublado? Como distribuir as cópias? "A gente conversa com o gerente da sala, mas é um termômetro complicado. Sempre vai ter reclamação", diz.
Rodrigo Saturnino Braga, diretor-geral da Sony Pictures, diz ter acertado, por exemplo, ao lançar a versão dublada de "Plano B", algo impensável há pouco tempo.
Arrependeu-se, porém, de não tê-lo feito com "Comer, Rezar e Amar". "Tivemos reclamações por só ter a versão legendada. Se fosse lançar hoje, eu diria: "Dubla!'".(APS)

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