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ANÁLISE
SBT entra na teia das corporações
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Não por acaso, as mudanças estratégicas no SBT, a segunda rede
da TV brasileira, começaram exatamente quando a Globo, a primeira, iniciava seu próprio redirecionamento, em 1995.
Desde então a rede carioca, em
meio às disputas entre herdeiros e
executivos, fechou acordos com a
News Corporation/Fox (na Sky, de
transmissão por satélite) e a Time
Warner/Turner (contrato mais
restrito, para a criação do canal
Futura).
O SBT, em meio aos parentes e
contraparentes de Silvio Santos e
aos humores do mesmo, fechou
acordos com a Disney/ABC (produção do "Disney Club", exclusividade de filmes e até um "Criança Esperança" próprio, baseado
em personagens Disney) e a Westinghouse/CBS (contrato maior,
que inclui troca de imagens e o
"Jornal do SBT", produzido pela
CBS Telenotícias).
É a televisão brasileira entrando
na teia globalizada das corporações de comunicação, teia que
também envolve, por exemplo, a
Abril/TVA em acordo com a
GM/Hughes (na DirecTV, de
transmissão por satélite).
Na tela, os acordos se refletem
em canais novos (Globo News, nos
moldes de Fox News e Sky News,
da News Corp.; CBS Telenotícias,
concorrente daquele; Futura e outros da TV paga), programas
("Disney Club", "Márcia", "Jornal do SBT") e alternativas de
transmissão.
Não apenas no satélite, mas no
cabo, em que o SBT dá seus primeiros passos, com o consórcio
Televisão Cidade, para concorrer
com a Globo (sistema Net/Multicanal) e a TVA. Para tanto, conta
com os serviços dos representantes da Westinghouse/CBS no país.
E o SBT já estaria dando também
os primeiros passos, sempre um
pouco atrás da Globo, na TV Digital.
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