São Paulo, segunda, 15 de dezembro de 1997.




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ANÁLISE
SBT entra na teia das corporações

NELSON DE SÁ
da Reportagem Local

Não por acaso, as mudanças estratégicas no SBT, a segunda rede da TV brasileira, começaram exatamente quando a Globo, a primeira, iniciava seu próprio redirecionamento, em 1995.
Desde então a rede carioca, em meio às disputas entre herdeiros e executivos, fechou acordos com a News Corporation/Fox (na Sky, de transmissão por satélite) e a Time Warner/Turner (contrato mais restrito, para a criação do canal Futura).
O SBT, em meio aos parentes e contraparentes de Silvio Santos e aos humores do mesmo, fechou acordos com a Disney/ABC (produção do "Disney Club", exclusividade de filmes e até um "Criança Esperança" próprio, baseado em personagens Disney) e a Westinghouse/CBS (contrato maior, que inclui troca de imagens e o "Jornal do SBT", produzido pela CBS Telenotícias).
É a televisão brasileira entrando na teia globalizada das corporações de comunicação, teia que também envolve, por exemplo, a Abril/TVA em acordo com a GM/Hughes (na DirecTV, de transmissão por satélite).
Na tela, os acordos se refletem em canais novos (Globo News, nos moldes de Fox News e Sky News, da News Corp.; CBS Telenotícias, concorrente daquele; Futura e outros da TV paga), programas ("Disney Club", "Márcia", "Jornal do SBT") e alternativas de transmissão.
Não apenas no satélite, mas no cabo, em que o SBT dá seus primeiros passos, com o consórcio Televisão Cidade, para concorrer com a Globo (sistema Net/Multicanal) e a TVA. Para tanto, conta com os serviços dos representantes da Westinghouse/CBS no país.
E o SBT já estaria dando também os primeiros passos, sempre um pouco atrás da Globo, na TV Digital.



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