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Aspecto crítico do trabalho é elogiado
DA REPORTAGEM LOCAL
A crítica de arte e curadora Angélica de Moraes, responsável pela exposição sobre o Monumento
às Bandeiras, em cartaz no MAM,
no Ibirapuera, elogia a instalação
de Eduardo Srur.
"A intervenção dá continuidade
ao diálogo que proponho na exposição entre a obra de Brecheret
e a arte contemporânea, representada por Laura Vinci e Regina Silveira", diz Angélica.
"É como uma nota no pé da página. Respeita o fato artístico e faz
um comentário sobre ele." Mas
ressalva: "É bom apenas lembrar
que isso não abre precedente para
coisas nocivas. Há uma linha tênue entre o trabalho de qualidade,
que é esse caso, e as contrafações".
Já o curador independente e
professor da ECA-USP Agnaldo
Farias destaca o caráter divertido
do trabalho. "É uma intervenção
artística que vai além do embelezamento. A obra é irônica sem ser
pretensiosa, e nos leva a pensar
um pouco."
"A força da obra é que ela usa a
mesma lógica da cidade, o caráter
da efemeridade das coisas", afirma Farias.
Kátia Canton, que também é
professora da ECA-USP, foi júri
de um salão em Florianópolis, onde Srur ganhou um prêmio por
"Acampamento dos Anjos".
"Na época, defendi o trabalho
porque acreditei na força poética
dele. Há um elemento de precariedade tanto no "Acampamento"
quanto na âncora que tem muito
a ver com o Brasil."
Mas Kátia aponta que ele ainda
está em busca de um caminho.
"Ele é um jovem artista que trabalha com interferência no espaço e
ainda está fazendo um exercício
de amadurecimento", afirma.
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