São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

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Aspecto crítico do trabalho é elogiado

DA REPORTAGEM LOCAL

A crítica de arte e curadora Angélica de Moraes, responsável pela exposição sobre o Monumento às Bandeiras, em cartaz no MAM, no Ibirapuera, elogia a instalação de Eduardo Srur.
"A intervenção dá continuidade ao diálogo que proponho na exposição entre a obra de Brecheret e a arte contemporânea, representada por Laura Vinci e Regina Silveira", diz Angélica.
"É como uma nota no pé da página. Respeita o fato artístico e faz um comentário sobre ele." Mas ressalva: "É bom apenas lembrar que isso não abre precedente para coisas nocivas. Há uma linha tênue entre o trabalho de qualidade, que é esse caso, e as contrafações".
Já o curador independente e professor da ECA-USP Agnaldo Farias destaca o caráter divertido do trabalho. "É uma intervenção artística que vai além do embelezamento. A obra é irônica sem ser pretensiosa, e nos leva a pensar um pouco."
"A força da obra é que ela usa a mesma lógica da cidade, o caráter da efemeridade das coisas", afirma Farias.
Kátia Canton, que também é professora da ECA-USP, foi júri de um salão em Florianópolis, onde Srur ganhou um prêmio por "Acampamento dos Anjos".
"Na época, defendi o trabalho porque acreditei na força poética dele. Há um elemento de precariedade tanto no "Acampamento" quanto na âncora que tem muito a ver com o Brasil."
Mas Kátia aponta que ele ainda está em busca de um caminho. "Ele é um jovem artista que trabalha com interferência no espaço e ainda está fazendo um exercício de amadurecimento", afirma.


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