São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

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Coração partido marcou a vida do abolicionista

DA REPORTAGEM LOCAL

Joaquim Nabuco carregou ao longo da vida a frustração por um caso de amor fracassado.
A moça com quem mais se sentiu envolvido jamais casou-se com ele. Conheceu Eufrásia Teixeira Leite durante uma viagem à Europa. Ela era uma mulher fora dos padrões de seu tempo. Órfã de pai e mãe, de família rica, passou a gerir as próprias finanças e foi morar, independente, em Paris.
Apaixonaram-se e mantiveram breves momentos de idílio, mas, no geral, ambos evitaram dar um passo à frente, pois tinham situações financeira e social muito diferentes. Apesar de ser um aristocrata, Nabuco pertencia a uma família que não era endinheirada, tampouco provinha das linhagens mais nobres do Império.
"Era um amor que dificilmente vingaria. Se fosse um encontro típico do romantismo, essas diferenças seriam o motor para que lutassem para ficar juntos. Mas não era o caso, e as questões concretas definiram seu fracasso. Por mais moderno que Nabuco fosse, era difícil aceitar a superioridade financeira da amada. Algo que é um problema até hoje", diz Alonso.
Em seu livro, a pesquisadora lista pelo menos quatro engates e quatro rompimentos do casal entre 1872 e 1887.
Depois de tantas frustrações, finalmente, Nabuco optou por casar-se com uma outra mulher, 16 anos mais nova que ele, Evelina Torres Soares Ribeiro, com quem teve cinco filhos.
Já Eufrásia seguiu com sua vida livre, mundana e milionária. Optou por não se casar e morreu só. (SC)


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