São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010 |
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Vampire Weekend foge do indie e vem para três shows no Brasil Banda do Brooklyn vai tocar em São Paulo, no Rio e no Meca Festival, na praia de Atlântida (RS) Quando quatro garotos surgiram na cena indie com as suas guitarras frenéticas não era fácil prever o grande sucesso CAROL NOGUEIRA DE SÃO PAULO O nome Vampire Weekend pode parecer estranho-a ideia veio do filme amador homônimo do vocalista da banda, Ezra Koenig. Mas isso nunca foi um problema. Logo que surgiram na cena indie, com suas guitarras frenéticas e inspiração afropop, esses nova-iorquinos que se intitularam vampiros de fim de semana conquistaram milhares de fãs. Neste ano, a banda lançou seu segundo álbum, "Contra", no qual abre o leque de influências e dilui os elementos que a projetaram. "Nossa principal influência continua sendo o afropop, mas estamos tentando soar mais "worldbeat'", disse o baixista Chris Baio à Folha. É quase impossível escutar as marimbas da primeira faixa, "Horchata", e não se sentir transportado para o Caribe. Ritmos mais tradicionais da América Latina marcam presença em todas as músicas, inclusive na forma de reggae e ska. Baio explica que a banda gosta de explorar sonoridades. Ele mesmo adora discos brasileiros psicodélicos da década de 1970. Seu favorito é "Ronnie Von", de 1969. As guitarras de Rostam Batmanglij, que encabeça a banda junto a Koenig, também tiveram ritmo diminuído e estão mais precisas. A evolução musical deste álbum coloca o Vampire em uma posição bem confortável diante de tantas bandas indie que desaparecem. O som não é sofisticado, mas é pop e fácil de agradar. Foi isso o que os colocou na trilha sonora de filmes como "Eclipse", da saga "Crepúsculo", e "Quase Irmãos", com Will Ferrell. "Não vejo problema algum em estar numa trilha sonora. Queremos que as pessoas conheçam nossas músicas", diz o baixista. A simplicidade da banda também está em seus shows (tocam somente sob um pano de fundo com a capa do disco) e videoclipes. O vídeo que ficou mais famoso neste ano, da música "Cousins", traz a banda se apresentando em cima de uma plataforma que "anda" pela cidade de Nova York. Neste ano, a banda se envolveu em uma polêmica por conta do novo álbum, que traz na capa a foto da jovem Kirsten Kennis. O fotógrafo que vendeu a foto para a banda, Tod Brody, alega que é ele o autor da imagem. Kennis abriu um processo, alegando tratar-se de uma foto de família. Neste mês, a banda processou Brody. Pede US$ 2 milhões (R$ 3,3 milhões). O fim do processo deve demorar. "Nós escolhemos essa imagem porque achamos que ela representava o espírito do álbum. Não sabíamos e nos sentimos mal por termos sido enganados", diz Baio. VAMPIRE WEEKEND QUANDO 1º/2, às 22h30 ONDE Via Funchal (r. Funchal, 65, tel. 0/xx/11/3846-2300) QUANTO de R$ 160 a R$ 250 CLASSIFICAÇÃO 14 anos Texto Anterior: Crítica instrumental: Naná Vasconcelos batuca na água e provoca visão musical Próximo Texto: Príncipe do afrobeat injeta suingue em canções políticas Índice | Comunicar Erros |
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