São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2001

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OASIS/CRÍTICA

Irmãos Gallagher voltam com rock'n'roll ardido e correto

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Os irmãos Gallagher voltaram, alguns centímetros mais crescidos. Não se repetiu o pequeno fiasco da vinda ao Brasil em março de 98, em São Paulo, mas o Oasis seguiu a regra de shows corretos que vêm frequentando o Rock in Rio, fazendo um show mais aparado que o passado.
Estavam nos domínios do rock'n'roll, e seu rock veio ardido nessa noite de domingo.
Foram corretos, mas poucas vezes brilhantes. Viram que o público brasileiro já absorveu o poder melódico dos jovens clássicos "Don't Look Back in Anger", "Wonderwall" e "Champagne Supernova".
Quando trocavam melodia pelos tons viajandões de trabalhos mais recentes -às vezes com bons desdobramentos psicodélicos, como em "Who Feels Love?" (2000)-, mostravam que nem tantas vezes assim acertam o alvo.
O ego dos manos, outro mito na história do Oasis, parece diminuído, mas mais em Noel, o Irmão Mais Velho, que em Liam, o Irmão Mais Novo.
Este ainda abusa do cacoete de cantar de baixo para cima, o microfone lá no alto, como querendo ignorar quem estiver abaixo -ou seja, todos. É o tipão que torna os Gallagher intragáveis, como quando encerram o show naquelas cafonices de "hoje à noite sou um astro do rock", em "Rock'n'Roll Star" (94). Tédio.
A voz afetada do Irmão Mais Novo comanda o efeito coletivo no início, mas vai se tornando enjoada de tão monocórdica e afetada, a ponto de, incrível, as entradas vocais do Irmão Mais Velho se tornarem um alívio.

Avaliação:
   


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