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POLÍTICA CULTURAL
Ministro pretende criar "loteria da cultura" em todo o país em parceria com a Caixa Econômica
Gil dá "canja" em posse de secretários
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Cultura, Gilberto
Gil, aproveitou a posse de sua nova equipe ontem para dar uma
"canja" aos funcionários da pasta.
Após assinar a papelada, Gil aproveitou o violão "um pouco desafinado" pela falta de uso nos últimos dez dias e cantou três músicas para um auditório lotado de
servidores e artistas.
"Mãos à obra", foi o recado que
o ministro Gilberto Gil Moreira,
como é apresentado à frente da
pasta, deu ontem a equipe.
"Devo advertir meus companheiros de equipe, neste momento, que esta nova visibilidade do
ministério só terá consequência
se ela, de fato, se desdobrar e se
traduzir em ação", afirmou durante discurso.
Para permitir que o trabalho da
equipe renda frutos, Gil pretende,
segundo a Folha apurou, criar
uma "loteria da cultura" federal,
em parceria com a Caixa Econômica Federal. Os recursos obtidos
com a venda dos bilhetes seriam
repassados para o Fundo Nacional de Cultura e para a conservação do patrimônio nacional.
A intenção do governo é fechar
o acordo com a CEF o quanto antes, de forma a utilizar o dinheiro
ainda este ano. O modelo de loteria escolhido segue o formato já
em uso nos Estados Unidos e na
Itália. No Brasil, o dinheiro de loterias federais já é utilizado para o
Fundo Penitenciário Nacional.
Segundo o ator Antônio Grassi,
que assumiu ontem a presidência
da Funarte (Fundação Nacional
de Arte), o órgão deve manter um
escritório no Rio, onde funciona
hoje, mas será transferido para
Brasília. O objetivo é "descentralizar" o incentivo à cultura.
Canja
A "canja" foi pedida, segundo o
ministro, pelos funcionários do
ministério que ainda não haviam
presenciado uma apresentação
do chefe. Foi a primeira vez que o
baiano cantou usando terno e
gravata, segundo sua assessoria. A
primeira música entoada foi
"Drão", de sua autoria, seguida de
"Three Little Birds", de Bob Marley, e "Esperando na Janela", de
Targino Gondim.
A canção de abertura foi dedicada ao ministro Ciro Gomes e sua
mulher, a atriz Patrícia Pillar, presentes na cerimônia. Antes da
posse, o mímico Miquéias Paz,
ex-deputado distrital de Brasília,
apresentou a performance "Assim Caminha Mais ou Menos a
Humanidade".
O encerramento ficou a cargo
de um grupo de bumba-meu-boi
de Brasília, que se apresentou durante cerca de 20 minutos, enquanto Gil conversava com membros da equipe ministerial e artistas convidados.
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