São Paulo, quinta, 16 de abril de 1998

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Artista recompõe "fragmentos"

FERNANDO OLIVA
da Redação

No embate entre a superfície e o sujeito do quadro se esconde a chave que nos aproxima da memória no entender de Celso Orsini. A partir de hoje, o tempo passa para o artista plástico mineiro, na galeria Valú Ória, em dez telas de grande formato e sete desenhos. Orsini confronta suas "paredes enferrujadas pelo tempo", superfície, com os arabescos que compõem os tênues desenhos que se destacam como relevos sutis. Nesse limiar entre o fundo e o "assunto" da obra moram os "fragmentos de memória" a que se refere o artista. "É a simbologia do barroco, das igrejas, cidades históricas...", elenca. Abrigando tudo sob o rótulo da "mineirice", ele insere essas referências autobiográficas em uma história -a sua. Cria também uma tensão "à flor da tela", espécie de negação ininterrupta do que está lá, exposto -a "presença-ausência da imagem", como define Orsini.
Mostra: Celso Orsini Suporte: pinturas e desenhos sobre tela Quando: seg a sex, 10h/19h; sáb, 11h/14h Onde: galeria Valú Ória (al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.403, tel. 011/883-0811) Preço das obras: de R$ 3.500 a R$ 8.500



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