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Artista recompõe "fragmentos"
FERNANDO OLIVA
da Redação
No embate entre a superfície e o
sujeito do quadro se esconde a
chave que nos aproxima da memória no entender de Celso Orsini. A partir de hoje, o tempo passa
para o artista plástico mineiro, na
galeria Valú Ória, em dez telas de
grande formato e sete desenhos.
Orsini confronta suas "paredes
enferrujadas pelo tempo", superfície, com os arabescos que compõem os tênues desenhos que se
destacam como relevos sutis.
Nesse limiar entre o fundo e o
"assunto" da obra moram os
"fragmentos de memória" a que se
refere o artista.
"É a simbologia do barroco, das
igrejas, cidades históricas...", elenca. Abrigando tudo sob o rótulo da
"mineirice", ele insere essas referências autobiográficas em uma
história -a sua.
Cria também uma tensão "à flor
da tela", espécie de negação ininterrupta do que está lá, exposto
-a "presença-ausência da imagem", como define Orsini.
Mostra: Celso Orsini
Suporte: pinturas e desenhos sobre tela
Quando: seg a sex, 10h/19h; sáb, 11h/14h
Onde: galeria Valú Ória (al. Gabriel
Monteiro da Silva, 1.403, tel.
011/883-0811)
Preço das obras: de R$ 3.500 a R$ 8.500
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