São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Crítico faz genealogia da arte brasileira

Na coletânea "Primeira Individual", jornalista Antonio Gonçalves Filho discute as artes visuais no país

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma genealogia das artes plásticas brasileiras, com a presença de marcos históricos e uma leitura mais detida da área nos últimos 25 anos, é apresentada pelo jornalista e crítico Antonio Gonçalves Filho em "Primeira Individual".
Reunindo análises de 49 artistas, fotógrafos e arquitetos dos mais diversos estilos -do acadêmico Almeida Júnior (1850-1899) a Paulo Pasta, nome surgido nos anos 80-, o livro compila textos publicados na Folha, no "Valor" e no "Estado de S.Paulo", onde trabalha atualmente.
"A arte contemporânea não nasceu sozinha, houve a Semana de 22, os movimentos construtivos. Existe um diálogo entre diferentes épocas, você pode pegar um texto sobre o Oswaldo Goeldi [1895-1961] e outro sobre artistas dos anos 80 que sofreram influências dele, como o Nuno Ramos", diz ele.
Um dos trunfos da edição é mostrar que, ao mesmo tempo em que Gonçalves Filho, 56, começa a escrever sobre o tema, eclode a geração 80, que retoma a pintura e começa a trabalhar em um mercado que vai se consolidando aos poucos.
"Vendo hoje, essa coincidência foi muito feliz. E a Folha, a partir de 1984, começou a discutir artes visuais com um amplo espaço, que não existia antes nos jornais", afirma ele, também fã de jovens artistas, como Marina Rheingantz, 25.
Naqueles anos, a crítica de arte também começava a se fortalecer, com a publicação de textos de ensaístas como Rodrigo Naves e Alberto Tassinari. A Cosac Naify ainda lançará, sem data definida, livro com textos do jornalista sobre artistas como Anselm Kiefer.


PRIMEIRA INDIVIDUAL
Autor:
Antonio Gonçalves Filho
Editora: Cosac Naify
Quanto: R$ 55 (320 págs.)
Lançamento: hoje, às 18h, na SP Arte (Pavilhão da Bienal, parque Ibirapuera, tel. 0/xx/11/3032-7576)



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