São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2011

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OSB prepara estreia com 21 novos músicos

Três dos 36 integrantes afastados em abril retornaram à orquestra; maioria só aceita voltar se maestro Minczuk sair

Novatos se juntam a 41 remanescentes em julho, e nova temporada começa em 10 de agosto, no Municipal do Rio

FÁBIO GRELLET
DO RIO

Cinquenta e dois dias após o fim das negociações entre a Orquestra Sinfônica Brasileira e um grupo de 36 músicos que contestava medidas adotadas pelo maestro Roberto Minczuk, a orquestra prepara a estreia da temporada com 21 novos músicos.
Três dos demitidos -os irmãos Paulo e Ricardo Santoro, violoncelistas, e o trompista Eliézer Conrado- retornaram à orquestra e farão a avaliação de desempenho.
Mas a maior parte do grupo afastado só admite retornar à orquestra se o maestro sair. "Com Minczuk é impossível", diz Luzer Machtyngier, líder dos demitidos.
A maioria deles continua se ocupando da música -como professores, integrantes da Orquestra Petrobras Sinfônica ou em eventuais apresentações de câmara.
No final de abril, 33 músicos foram demitidos por não comparecerem à avaliação imposta pelo maestro.
Outros três, dirigentes sindicais, tiveram seus contratos suspensos.
Segundo Paulo Santoro, ele e o irmão voltaram em consideração ao pai, contrabaixista. "Ele sempre se dedicou à música e estava muito preocupado com nossa situação", disse.
Antes das demissões já havia 13 vagas disponíveis na orquestra e estavam previstas audições no Rio, em Londres e Nova York.
Em julho os novos músicos vão se integrar aos 41 remanescentes, e a orquestra estreia a temporada 2011 em 10 de agosto, durante o Festival Beethoven, no Theatro Municipal do Rio.
"A situação só não é pior porque eles têm outras atividades, como músicos ou professores universitários", diz Machtyngier. "O [trompetista] Antonio Augusto chegou a ter um infarto diante de tanto estresse." Segundo o colega, Augusto está bem.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado estadual fluminense Robson Leite (PT) denunciaram supostas irregularidades da OSB aos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e Estadual do Rio, mas até agora nenhuma investigação foi concluída.


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