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RUÍDO
Arnaldo Baptista volta sob as asas de Lobão
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Na edição da revista musical "Outracoisa" que foi às
bancas na semana passada, o
editor Lobão faz suspense sobre
a próxima edição: "É surpresa,
mas eu já posso dar um toque
que será uma parada histórica".
Eis a parada histórica: a próxima "Outracoisa" trará encartado o primeiro disco inédito de
Arnaldo Baptista desde 1987
-o contrato seria assinado ontem. Um dos cérebros criativos
dos Mutantes, Arnaldo, 56,
mantinha-se parcialmente inativo desde 82, após tentativa de
suicídio.
O disco de volta tem produção
de um dos discípulos mais dedicados de Arnaldo, John, do Pato
Fu -sua mulher e parceira de
banda, Fernanda Takai, também participa do projeto.
A editora L&C e a equipe de
Lobão contam com a repercussão que a volta do ex-mutante
pode causar para solidificar a
história da "Outracoisa", que segundo eles até agora rendeu
mais investimentos que lucros.
Além de coletânea do gaúcho
Wander Wildner, a revista já
veiculou, sempre com tiragem
de 20 mil exemplares, discos
inéditos do rapper BNegão e do
celebrado grupo pernambucano Mombojó.
A edição atual traz o segundo
álbum da banda roqueira gaúcha Cachorro Grande. O título
mais bem-sucedido até agora é
"Enxugando Gelo", de BNegão
-Wildner e Cachorro Grande
se apoiaram mais em vendagens
locais no Rio Grande do Sul.
O NÃO-LANÇAMENTO
O nome "coletivo" não
existia ainda, mas as características eram parecidas. O
trio carioca Karma se formou em 72, numa esquina
entre rock rural, rock progressivo e MPB que rendeu
esse LP lançado pela RCA
(hoje BMG). Na formação
original estavam Jorge Amiden (que também era uma
das almas do grupo O Terço), Junior Mendes (futuro
integrante do bando de malucos funkeiros de Tim
Maia) e Alen Terra. Passariam pelo grupo ainda nomes como Danilo Caymmi,
Paulinho Soledade, Gastão
Lamounier, Rick etc. Em 76,
em busca de arranjos vocais
elaborados e sofisticados,
Erasmo Carlos convocaria o
Karma para seu "Banda dos
Contentes". Entre tantos estilos, era tudo uma turma só.
CHORÃO SE DESCULPA
E Chorão pediu desculpas
públicas pela agressão a
Marcelo Camelo. "Sei que o
motivo não justifica o ato, mas
perdi a cabeça. Não quero que
pensem que me orgulho disso.
Tive uma vida problemática no
passado, consegui mudar isso
com muito trabalho e força de
vontade e não quero estragar
tudo agora", afirma, no site
www.charliebrownjunior.com.br. "Sei da minha
responsabilidade perante
meus fãs e principalmente meu
filho e minha família. Devo
desculpas a todas essas pessoas
e também aos Los Hermanos e
seus fãs." Rodrigo Amarante,
dos Los Hermanos, que tentou
defender Camelo revidando a
agressão, não se desculpou.
BOICOTE?
No mesmo site, a assessoria
do Charlie Brown Jr. acusa um
suposto boicote ao grupo.
Ricardo Chantilly, empresário
do Jota Quest, que estaria entre
os boicotadores, nega: "Não
apoiamos a atitude de
violência do Chorão, mas não
há complô". Ele fala do pomo
da discórdia, o fato de as
bandas envolvidas fazerem
comerciais de refrigerantes ou
celulares: "Dá confusão
porque as pessoas fazem e não
assumem. É trabalho, não
temos vergonha".
MUNDO DE MINAS
O mineiro Lô Borges, que canta em SP amanhã
e domingo, comemora: sua "Girassol da Cor do Seu Cabelo" foi regravada pelo DJ norte-americano Prefuse 73.
psanches@folhasp.com.br
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