São Paulo, domingo, 16 de julho de 2006

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Nova temporada de série televisiva "lesbian chic" aborda direitos civis

"The L Word" estréia segunda fase no próximo domingo no Warner Channel

BRUNO SEGADILHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se no Brasil os homossexuais ainda enfrentam uma longa jornada em busca de seus direitos, em Los Angeles (EUA), a realidade parece ser bem diferente. Pelo menos no mundo "lesbian chic" das meninas de "The L Word", série que entra em sua segunda temporada aqui no Brasil a partir do próximo domingo (23) no Warner Channel.
Exibida nos EUA pelo canal Showtime, "The L Word" passeia pelo cotidiano de glamour de um grupo de amigas lésbicas de Los Angeles e dá a impressão de que, em matéria de respeito à diversidade sexual, a cidade está entre as mais avançadas do mundo.
Os primeiros episódios começam resolvendo uma situação que havia ficado indefinida no final da primeira temporada: a separação do casal protagonista Bette (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman). Tina resolve procurar a ajuda de uma advogada para realizar a partilha dos bens e recuperar a independência financeira perdida com a união, cena pouco usual na realidade brasileira.
"Nos EUA alguns Estados são bastante liberais, essa discussão é mais comum. No Brasil, é uma situação muito rara. As pessoas do segmento GLBT [Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros] se sentem tão inferiorizadas que acreditam não ter direitos", afirma a advogada Sylvia Mendonça do Amaral, autora do livro "Manual Prático dos Direitos dos Homossexuais e Transexuais".

Sensualidade latina
Apesar de toda pendenga sobre direitos, a segunda temporada não focaliza sua atenção apenas em questões jurídicas. A série ganha algumas participações importantes. Uma delas é a personagem Carmen (Sarah Shahi), que vai arrasar com os corações de muitas meninas com a sua sensualidade latina.
"Queríamos mostrar uma personagem que retratasse a cultura latina, que tivesse vindo ganhar a vida nos EUA com todas as dificuldades e problemas", diz Monica Tahe, que bolou a personagem juntamente com a produtora e criadora da série, Ilene Chaiken.
Tahe, que dirige um programa voltado pra as comunidades gays dos EUA com origem latina, africana e asiática da Gladd (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação, na sigla em inglês), acredita que é difícil uma série de TV voltada para o universo homossexual consiga fugir de alguma politização. "É um assunto normalmente ligado a questões políticas", diz.


THE L WORD
Quando:
a partir do próximo domingo, 23, às 23h
Onde: Warner Channel



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