São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Substituto, tenor brasileiro é comparado a Plácido Domingo Attala Ayan entrou de última hora em recital da Ópera de NY ÁLVARO FAGUNDES DE NOVA YORK De substituto de última hora a ser comparado ao espanhol Plácido Domingo, essa foi a trajetória do tenor brasileiro Atalla Ayan nesta semana. O cantor se apresentou na segunda-feira em recital da Metropolitan Opera, no Central Park, em Nova York, com boa recepção do público e elogios da crítica. "Foi uma coisa muito de intuição, porque a gente mal ensaiou", disse Ayan, 24, depois da apresentação. A oportunidade surgiu depois que a diretora telefonou no domingo para o agente do brasileiro, Bruce Zemsky, dizendo que precisava de um substituto para o concerto do dia seguinte, já que um dos cantores estava doente. O nome de Ayan foi sugerido (por ter um repertório parecido), mas a confirmação só veio no fim da manhã do dia seguinte, quando Dimitri Pittas, o tenor que ia cantar, disse que não tinha condições de se apresentar. Com apenas um ensaio no meio da tarde, o brasileiro teve que encarar o público nova-iorquino. "Foi uma faca de dois gumes", disse, sobre a oportunidade de se apresentar com a Metropolitan Opera sem ter feito uma preparação adequada para o evento. O "New York Times" não foi parcimonioso nos elogios. Para o jornal, o paraense é um "achado", com uma qualidade de voz que relembra um jovem Plácido Domingo. Ayan, porém, é mais crítico em relação ao seu desempenho. "Houve coisas que eu poderia ter feito melhor, especialmente no início do programa, mas depois a gente vai relaxando", afirma. "Eu sou cruel comigo mesmo." Para ele, que estuda em Nova York desde 2009, a apresentação pode abrir portas no Met. "Eles se lembram da gente. E jogar isso no currículo é muito legal." CARREIRA O músico vai para São Paulo na semana que vem, onde canta "Romeu e Julieta". Depois, parte para apresentações em cidades do interior da Inglaterra. A partir do fim do ano, Ayan passa a fazer parte da Ópera Estatal de Stuttgart (Alemanha), com contrato para três temporadas. Texto Anterior: Para Krivine, "foi uma revolução que fracassou" Próximo Texto: Cinema: "Febre do Rato" leva oito prêmios no Festival de Paulínia Índice | Comunicar Erros

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