São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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50, de cima a baixo

Ao completar meia década, Madonna é tema de duas novas biografias, uma delas escrita por seu irmão, que fala à Folha

Andre Kosters - 13.set.04/Efe


RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL

O pai baixou a câmera quando viu, estarrecido. Aos 14 anos, a Madonna que iniciava um número de dança no show de talentos da escola, no tranqüilo subúrbio de Rochester, em Michigan (EUA), estava nua.
Ou quase. Sob a tinta verde e rosa fluorescente que a cobria dos pés à cabeça, um short e um top mantinham um mínimo de recato. Convencer o pai de que havia diferença entre isso e estar pelada seria outra história.
Desde então, o que Madonna fez foi capitalizar esse dom de se reinventar e desafiar tabus. Duzentos milhões de discos vendidos depois, dona de uma fortuna estimada em US$ 600 milhões (cerca de R$ 927 milhões), a cantora completa hoje 50 anos como a protagonista da história da música pop.
O episódio "Pequena Miss Sunshine" do primeiro parágrafo ganha versões diferentes em duas biografias da diva que chegam às livrarias do país na esteira de seu cinqüentenário -e da promessa de que voltará a pisar em palcos brasileiros.

Collant
"Madonna 50 Anos - A Biografia do Maior Ídolo da Música Pop", de Lucy O'Brien (Nova Fronteira), diz que ela tinha só 12 anos ao chocar os coleguinhas, e que usava um collant.
A que sai em outubro, pela editora Planeta, complementa a cena com um testemunho do autor: "Na escola, os garotos me puxavam e diziam: "Sua irmã Madonna é uma vagabunda'".
É Christopher Ciccone, 48, quem assina "Life with My Sister Madonna" (a vida com minha irmã Madonna). Se Lucy O'Brien tentou mapear a carreira da cantora (sem trazer à tona nada muito revelador), o quinto dos seis irmãos Ciccone não fez mais que vasculhar na memória as frustrações de ter a "irmã mais famosa do mundo".
"Tendo sido capaz de sobreviver a essa aventura, resolvi contá-la", diz o irmão de Madonna à Folha, por telefone, de Nova York. Uma história que, ele admite, a cantora, retratada como "incapaz de rir de si mesma" e "de respeitar qualquer um que não seja ela", fez de tudo para não ver chegar às lojas.
"Life with My Sister Madonna" saiu em julho nos EUA e há três semanas figura entre os mais vendidos de não-ficção do "New York Times" -na 2ª, 3ª e 7ª posição, respectivamente.


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