São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2005 |
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MÚSICA Acompanhada por assessora, divulgador, empresário, diretor de marketing e gravador, cantora fala sobre seu novo álbum, "Segundo" Maria Rita dá continuidade ao CD anterior
RONALDO EVANGELISTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Quarta-feira, cinco horas da tarde. Maria Rita se prepara para dar uma série de entrevistas sobre seu novo disco em uma suíte do hotel Emiliano, em São Paulo. Quando recebe a Folha, primeira entrevista do dia, já está maquiada e produzida, mas cansada. Ao seu lado, acompanhando a entrevista, uma assessora, um divulgador, seu empresário e o diretor de marketing de sua gravadora, entre outras pessoas, além de um indefectível gravador registrando tudo. O forte esquema traz à mente a auto-ironia da faixa "Recado", de Rodrigo Maranhão, recém-gravada por ela no álbum "Segundo": "Com muito dinheiro e carro do ano/ modelo importado, tu tá comentado / não tem mais sossego e da roda de samba já se separou / vive cercado, parece um ET / E sai todo dia em revista e TV / pra quê tanta banca na terra da santa? / Tem muita riqueza que você não tem mais não." Protegida e garantida, em uma suíte de R$ 1.500 a diária, tomando café servido e já mexido com a colher por um assessor, ela responde às perguntas com certa desconfiança, parecendo querer se mostrar forte e decidida quando fala sobre a expectativa das pessoas sobre si ou sobre a possibilidade de seguir fórmulas e ter feito, em vez de um segundo disco, a continuação do primeiro. Folha - Qual a diferença entre os dois discos? Qual foi a diferença entre fazê-los? Maria Rita - A diferença é na ansiedade, talvez. Antes havia expectativa, cobrança. Mais pelo lado de fora do que para mim. Do lado de fora havia pressão, a gente sentia a expectativa. Esse foi uma coisa menos ansiosa, do lado de fora para cá. Folha - Na produção também? Folha - No segundo disco as pessoas vão te ouvir mais pela música,
já mataram aquela primeira curiosidade? Folha - Comparando a produção
dos dois discos, não parece haver
uma diferença muito grande. Tem
a mesma formação, foi gravado ao
vivo... Folha - No caso do primeiro disco,
uma das grandes questões era de
como seria o segundo disco, como
com qualquer artista que lança um
disco de estréia e faz sucesso. E, basicamente, foi uma continuação.
Arranjos parecidos, uma canção
em espanhol, regravações, podemos tomar isso como uma reta? Folha - Mas você tem vontade de
ampliar esse seu espectro para sonoridades mais variadas? |
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