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"Erro" projeta o compositor carioca Rodrigo Maranhão
DA SUCURSAL DO RIO
"Eu erro sempre", diverte-se
Rodrigo Maranhão ao tentar
explicar como "O Caminho das
Águas", a faixa do CD escolhida para tocar nas rádios, chegou até Maria Rita. A pedido
do produtor Lenine, ele enviou
três músicas, e no grupo não
estava a tal.
"O Lenine tinha a música
com ele, nem sei como. Eu
mando sempre as coisas erradas para os cantores, mas ando
em uma fase tão boa que estou
metendo bola na caçapa depois
de bater em cinco tabelas."
O carioca Maranhão, 37, há
12 vivendo (ou tentando viver)
de música, é conhecido em um
certo circuito do Rio. Faz parte
do grupo/bloco Monobloco e
integra há sete anos a banda
Bangalafumenga, cujos integrantes também fazem oficinas
-ele ensinava cavaquinho,
mas trocou pelo surdo.
Já teve composições gravadas
por Fernanda Abreu ("Baile da
Pesada"), Pedro Luís ("Rap do
Real"), Zélia Duncan ("Beleza
Fácil"), Veronica Sabino ("Rosa que me Encanta") e Roberta
Sá ("Olho de Boi"), mas agora,
com duas músicas abrindo o
CD de Maria Rita, parece ter
chegado sua hora.
"Não tem tamanho o que eu
estou sentindo. E, sem medo de
parecer metido, acho que é
uma vitória muito merecida,
porque já estou nessa batalha
há um tempo. É uma mistura
de sorte e trabalho", diz ele.
Maranhão garante não "ficar
cavando" lugar em discos. Mas
suas músicas circulam por aí.
"Acho que os intérpretes também têm de ir atrás dos compositores, como a Maria Rita faz."
"Recado", a outra música
gravada, já tinha sido mostrada
na época do primeiro disco da
cantora e agora foi selecionada.
(LFV)
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