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São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2003

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Cinema no fio da navalha

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Se a geração dos 70 nos EUA foi privilegiada, em outros países sofreu à beça: para onde devia ir, por exemplo, um jovem diretor francês, tendo a nouvelle vague antes de si?
Um belo problema, pois a esta acusava-se de excessivo intelectualismo. Mas o seu oposto era um cinema comercial velho e tolo. "O Jovem Werther" (Eurochannel, 17h) é uma demonstração do fio de navalha sobre o qual têm andado esses diretores, ora acertando, ora errando.
Acertando, no caso: Jacques Doillon parte do romance de Goethe para chegar à repercussão, sobre um grupo de adolescentes, do suicídio de um colega. E Doillon nos conduz a esse mundo tomado pelo amargor e pela necessidade de buscar respostas. Para a morte, talvez. Para a vida, com toda certeza.

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