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Cinema no fio da navalha
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Se a geração dos 70 nos
EUA foi privilegiada, em
outros países sofreu à beça:
para onde devia ir, por
exemplo, um jovem diretor
francês, tendo a nouvelle
vague antes de si?
Um belo problema, pois a
esta acusava-se de excessivo
intelectualismo. Mas o seu
oposto era um cinema comercial velho e tolo. "O Jovem Werther" (Eurochannel, 17h) é uma demonstração do fio de navalha sobre
o qual têm andado esses diretores, ora acertando, ora
errando.
Acertando, no caso: Jacques Doillon parte do romance de Goethe para chegar à repercussão, sobre um
grupo de adolescentes, do
suicídio de um colega. E
Doillon nos conduz a esse
mundo tomado pelo amargor e pela necessidade de
buscar respostas. Para a
morte, talvez. Para a vida,
com toda certeza.
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