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TELEVISÃO
Crítica
Filme é grande exercício do humor britânico
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Embora seja composto por
cinco homens, alguns deles tão
ilustres como Alec Guinness,
Peter Sellers, Herbert Lom, "O
Quinteto da Morte" (TCM,
17h55; classificação indicativa
não informada) deve mais do
que tudo a Katie Johnson.
Ou, sem diminuir-lhe os méritos, ao personagem de Katie
Johnson, a velhinha que aluga
um cômodo de sua casa a um
grupo de músicos. Ela não pergunta quem são, porque confia
plenamente neles, então não
pode desconfiar que se trata de
um grupo de assaltantes.
Mas ela também acredita no
mundo tal como ele se ordena,
porque é uma senhora inglesa
de meados do século 20, e em
suas instituições, a quem encara com plena confiança.
É essa espécie de plenitude, e
seu encontro com um mundo
já cheio de incertezas e armadilhas, que fará deste filme de
Alexander Mackendrick um
dos mais profundos exercícios
de humor britânico talvez em
todo o cinema, mas com certeza nessa década bem-humorada que foram os anos 50 do século passado.
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