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MÚSICA
Programa faz breve relato do mangue
ADRIANA FERREIRA
DO GUIA DA FOLHA
A edição do programa "O Mundo da Arte" que será exibida amanhã, na Rede SescSenac, mostra
en passant as novidades da cena
musical pernambucana, pegando
como gancho o movimento mangue beat.
Para quem esteve desconectado
nos últimos dez anos, o especial
serve como uma breve introdução ao mangue e, de quebra, apresenta novatos que lucraram com a
fama dos veteranos da Nação
Zumbi e do Mundo Livre S/A.
Aliás, além do Eddie, esses são
os dois únicos grupos da velha-guarda que aparecem no programa, que deixa de fora figuras como o cantor Otto e a banda Devotos (ex-Devotos do Ódio).
A história do mangue beat é reconstruída a partir de entrevistas
com o vocalista do Mundo Livre
S/A, Fred Zero Quatro, e o produtor musical e "agitador" cultural
Rogê de Renor, o Rogê, da famosa
Soparia (a casa de sopas onde as
bandas se apresentavam).
Assim como é legal saber que,
na década de 80, o Mundo Livre
S/A já existia -como banda de
rock que era vaiada nos shows,
porque tocava com tamborim e
agogô-, o programa desperta a
curiosidade de ouvir histórias da
Nação Zumbi, que aparece apenas em relatos e em imagens de
shows, sempre centradas em seu
ex-vocalista, Chico Science (1966-1997).
Como o mangue é usado como
pretexto para falar da diversidade
musical do Recife, a nova geração
é apresentada como exemplo de
continuidade dessa mistureba.
Um dos escolhidos é o ótimo
Mombojó, banda que estourou
em 2004 com um disco que mistura rock psicodélico, samba e
dub, entre outros.
A outra estreante do programa é
a banda A Roda, de música instrumental, pouco conhecida por
aqui. Vale como um breve e simpático registro dos mangueboys.
O MUNDO DA ARTE - MÚSICOS DO
MANGUE. Quando: amanhã, às 10h, na
Rede SescSenac.
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