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CINEMA
"A Vingança de Sith" mostra o surgimento do vilão Darth Vader; George Lucas diz à "Vanity Fair" que filme encerra a série
Revista desvenda segredos do último "Star Wars"
DA REDAÇÃO
No dia 19 de maio, uma das
mais poderosas legiões de fãs de
todos os tempos viverão intensos
minutos. Será a hora de rever ídolos há muito não vistos. Logo em
seguida, será o momento de dar
um adeus definitivo.
Tudo isso porque o dia marca a
estréia, nos EUA, de "Star Wars 3:
A Vingança de Sith" -no dia seguinte, ele chega ao Brasil-, episódio final da saga de ficção científica iniciada em 1977 por George
Lucas que mudou os rumos da indústria cinematográfica.
Personagens que não apareciam desde o episódio final da trilogia original, "O Retorno de Jedi"
(1983), darão as caras. Além de
mostrar a transformação do mocinho Anakin Skywalker (Hayden
Christensen) no sombrio vilão
Darth Vader, o filme retoma as
criaturas Wookie e o look dos coques da Princesa Leia.
Esses e outros detalhes da
aguardada produção são dissecados na edição de fevereiro da revista americana "Vanity Fair".
Em número especial dedicado ao
filme, a publicação traz os principais personagens da série na capa,
além de 16 páginas com fotos (de
Annie Leibovitz) e texto (de Jim
Windolf) sobre "A Vingança...".
"Este filme é o elo perdido. Vejo
tudo como duas trilogias distintas. Juntas, elas formam um épico
sobre pais e filhos", diz Lucas à
"Vanity Fair", referindo-se aos filmes iniciais -"Guerra nas Estrelas" (77), "O Império Contra-Ataca" (80) e "O Retorno de Jedi"
(83)- e aos longas mais recentes
-"A Ameaça Fantasma" (99), "O
Ataque dos Clones" (2002) e "A
Vingança...", em fase de finalização. Ao contrário do que chegou a
anunciar nos anos 70, a saga inteira não terá nove filmes.
À "Vanity Fair", o cineasta insinua que o sofrimento de Anakin
perante a morte de uma pessoa
próxima é o que o levará ao braço
dos vilões do filme, os Siths. Sugere ainda que o lugar ardente que
aparece no trailer -já em exibição-, é o próprio inferno. Segundo a revista, o longa é menos
inspirado em "Flash Gordon",
que deu o tom da série, e mais voltado às histórias da Antigüidade
analisadas pelo mitólogo e mentor de Lucas Joseph Campbell,
que castigam heróis que se aventuram pelo submundo.
O cenário é crucial para a questão principal do filme. "Nesse
ponto da história, o que você vê é
uma pessoa que vai fazer um pacto com o Diabo. Essa pessoa vai
dizer: "Quero o poder para salvar
alguém da morte'", revela Lucas.
Outra cena esperada é o duelo
final entre Anakin e seu mestre,
Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor). Quem assistiu aos filmes da
trilogia original, sabe que Anakin
se torna Darth Vader após quase
morrer. Lucas dá mais dicas à
"Vanity Fair": "Anakin, como humano, ia se tornar extremamente
poderoso. Mas ele perde os dois
braços e a perna e vira quase um
robô". E para quem sempre considerou Vader um dos vilões mais
cruéis do cinema, o diretor dá outra versão. "Neste filme, você verá
que Vader não é um monstro; é
um indivíduo patético que faz um
pacto com o Diabo -e perde."
Por isso o cineasta acredita que
o filme não receberá a classificação PG (companhia dos pais sugerida) que os filmes da série sempre receberam. Lucas acredita
que o filme será PG-13 (presença
dos pais recomendada para menores de 13 anos). "Este filme é
um pouco mais violento, e acho
que as crianças mais jovens deveriam ser informadas que não é o
"Star Wars" que elas conhecem."
Por fim, Lucas revela à "Vanity
Fair" qual seu próximo passo: voltar aos filmes experimentais, como seu "THX-1138" (de 71).
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