São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

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CINEMA

"A Vingança de Sith" mostra o surgimento do vilão Darth Vader; George Lucas diz à "Vanity Fair" que filme encerra a série

Revista desvenda segredos do último "Star Wars"

DA REDAÇÃO

No dia 19 de maio, uma das mais poderosas legiões de fãs de todos os tempos viverão intensos minutos. Será a hora de rever ídolos há muito não vistos. Logo em seguida, será o momento de dar um adeus definitivo.
Tudo isso porque o dia marca a estréia, nos EUA, de "Star Wars 3: A Vingança de Sith" -no dia seguinte, ele chega ao Brasil-, episódio final da saga de ficção científica iniciada em 1977 por George Lucas que mudou os rumos da indústria cinematográfica.
Personagens que não apareciam desde o episódio final da trilogia original, "O Retorno de Jedi" (1983), darão as caras. Além de mostrar a transformação do mocinho Anakin Skywalker (Hayden Christensen) no sombrio vilão Darth Vader, o filme retoma as criaturas Wookie e o look dos coques da Princesa Leia.
Esses e outros detalhes da aguardada produção são dissecados na edição de fevereiro da revista americana "Vanity Fair". Em número especial dedicado ao filme, a publicação traz os principais personagens da série na capa, além de 16 páginas com fotos (de Annie Leibovitz) e texto (de Jim Windolf) sobre "A Vingança...".
"Este filme é o elo perdido. Vejo tudo como duas trilogias distintas. Juntas, elas formam um épico sobre pais e filhos", diz Lucas à "Vanity Fair", referindo-se aos filmes iniciais -"Guerra nas Estrelas" (77), "O Império Contra-Ataca" (80) e "O Retorno de Jedi" (83)- e aos longas mais recentes -"A Ameaça Fantasma" (99), "O Ataque dos Clones" (2002) e "A Vingança...", em fase de finalização. Ao contrário do que chegou a anunciar nos anos 70, a saga inteira não terá nove filmes.
À "Vanity Fair", o cineasta insinua que o sofrimento de Anakin perante a morte de uma pessoa próxima é o que o levará ao braço dos vilões do filme, os Siths. Sugere ainda que o lugar ardente que aparece no trailer -já em exibição-, é o próprio inferno. Segundo a revista, o longa é menos inspirado em "Flash Gordon", que deu o tom da série, e mais voltado às histórias da Antigüidade analisadas pelo mitólogo e mentor de Lucas Joseph Campbell, que castigam heróis que se aventuram pelo submundo.
O cenário é crucial para a questão principal do filme. "Nesse ponto da história, o que você vê é uma pessoa que vai fazer um pacto com o Diabo. Essa pessoa vai dizer: "Quero o poder para salvar alguém da morte'", revela Lucas.
Outra cena esperada é o duelo final entre Anakin e seu mestre, Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor). Quem assistiu aos filmes da trilogia original, sabe que Anakin se torna Darth Vader após quase morrer. Lucas dá mais dicas à "Vanity Fair": "Anakin, como humano, ia se tornar extremamente poderoso. Mas ele perde os dois braços e a perna e vira quase um robô". E para quem sempre considerou Vader um dos vilões mais cruéis do cinema, o diretor dá outra versão. "Neste filme, você verá que Vader não é um monstro; é um indivíduo patético que faz um pacto com o Diabo -e perde."
Por isso o cineasta acredita que o filme não receberá a classificação PG (companhia dos pais sugerida) que os filmes da série sempre receberam. Lucas acredita que o filme será PG-13 (presença dos pais recomendada para menores de 13 anos). "Este filme é um pouco mais violento, e acho que as crianças mais jovens deveriam ser informadas que não é o "Star Wars" que elas conhecem."
Por fim, Lucas revela à "Vanity Fair" qual seu próximo passo: voltar aos filmes experimentais, como seu "THX-1138" (de 71).


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