Teatro volta a funcionar em 15 de janeiro; até lá, grupos ficarão sem espaço adequado de apresentação

JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Teatro Municipal de São Paulo será reaberto ao público apenas em 15 de janeiro de 2011. Com isso, os corpos estáveis apresentam-se em espaços menos apropriados, quase sempre para um menor público.
Além, é claro, da ausência de novas produções de óperas. O teatro, que aguarda agora a licitação final para a reforma, é um prédio e um conjunto de artistas que integram a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade de São Paulo, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, o Coral Lírico e o Coral Paulistano. Sobre o subaproveitamento desses grupos, o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, diz não ter sido possível transferi-los para os outros oito teatros da prefeitura.
O Paulo Eiró, único com fosso de orquestra para produções líricas, está fechado. O Alfredo Mesquita está em obras. E o Cacilda Becker é relativamente pequeno, como a sala Olido, que pertence à prefeitura e onde, às 17h desse sábado, o Quarteto de Cordas da Cidade fará um recital gratuito.
No domingo, o Auditório Ibirapuera hospeda a Sinfônica Municipal (OSM). O Municipal está fechado desde setembro último. O atraso na reforma, que custará R$ 18 milhões, foi provocado pela reedição por três vezes do edital de licitação. O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) financiará 85% das obras -a prefeitura cobrirá os outros 15%- e não concordou com os dois primeiros editais.
O primeiro deles terminou por habilitar uma única empreiteira, e o segundo excluiu a concorrência entre consórcios. O terceiro edital será publicado no dia 25, segundo cronograma da Secretaria Municipal de Cultura. O contrato será assinado em maio, e as obras, concluídas em novembro. O BID também está financiando a restauração das paredes externas, do saguão, do salão e do restaurante. Já e mandamento, a meta é que essas reformas terminem em abril.


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