COLUNISTA DA FOLHA

Entre os motivos que podem me levar a almoçar no restaurante Maracujá, está um bem simples: o fato de que, sendo uma casa de preços módicos, ela mantém seu serviço à la carte, não em bufê, como a imensa maioria dos restaurantes para almoço.
O bufê tem lá seus atrativos para o público, começando pela economia de tempo e dinheiro. Mas, por mais que possa parecer atraente, ele nunca substituirá o conforto e a agradável "cerimônia" de um serviço à la carte.
Sentar-se e escolher o prato que se vai pedir pode parecer mais restritivo do que mergulhar na fartura de um bufê, mas não será um hábito mais civilizado? O gesto de discernir aquilo que se quer comer e de concentrar seu palato naquilo que foi escolhido está bem mais próximo da fruição gastronômica.
Pois é possível não ser caro sem precisar ser uma paródia do bandejão da universidade ou da fábrica, como o Maracujá mostra já há cinco anos de existência. Seu cardápio transita entre referências européias (como o filé flambado, com pimenta-verde em grão e purê de batata) e as bem brasileirinhas (como o prato de picadinho com arroz, feijão e farofa de banana). Nenhum destes pratos custa mais de R$ 15. (JM)