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Carlinhos Brown responde a
processo por nudez em público
CHRISTIANNE GONZÁLEZ
da Agência Folha, em Salvador
O percurssionista e compositor
Carlinhos Brown deverá se apresentar às 15h de hoje na 1ª Delegacia de Polícia de Salvador (BA) para prestar esclarecimentos sobre
sua nudez no Carnaval.
No último dia oficial da folia, o
percurssionista ficou nu em cima
de seu trio elétrico para protestar
contra o atraso na saída do bloco
carnavalesco Bróder.
Estacionado na Barra (orla), o
trio elétrico do Bróder impedia a
passagem do trio de Carlinhos
Brown, que também deveria desfilar no circuito Barra/Ondina.
Segundo o titular da 1ª Delegacia
de Polícia, Rui Pereira da Paz,
Brown praticou um ato obsceno
em público -delito previsto no artigo 233 da lei 9.099 do Código Penal Brasileiro e sujeito a pena de
detenção de três meses a um ano e
multa.
"Tenho uma fotografia do percurssionista (Brown) mostrando
sua genitália em local público e isso prova que houve ultraje ao pudor", disse Rui da Paz.
"Brown não teve nenhuma intenção de ofender a sociedade e
está perplexo com a dimensão dada a seu gesto pacífico de indignação e protesto", disse o advogado
do artista, Carlos Tude.
"Sei que Brown não será preso
por esse delito, mas é minha função preservar os direitos da sociedade e cuidar para que ele não se
repita", afirma o delegado.
Rui da Paz disse que vai anexar a
fotografia de Brown nu ao documento que enviará ao Juizado Especial Criminal para julgamento
do caso.
O advogado de Brown acha que
tudo será resolvido na primeira
audiência de conciliação e julgamento. "Como não houve intenção de infringir a lei, o juiz deverá
aplicar uma pena alternativa, que
pode ser uma contribuição de ordem material para a sociedade",
acredita Tude.
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