São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 2006

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Bertolucci e a fantasia libertária

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Bernardo Bertolucci, que sempre manteve relações ambíguas com o sentimento revolucionário, não iria mudar agora. Em "Os Sonhadores" (Telecine Cult, 23h50), que realizou em 2003, lhe parece muito mais relevante que três cinéfilos levem adiante sua revolução pessoal do que os eventos de maio de 68 propriamente ditos.
Estaria ele assim tão errado? O movimento dos estudantes naquele momento valeu, antes de tudo, como libertação subjetiva que uma frase genial ("sou marxista, linha Grouxo") expressou com tanta firmeza.
Ok, "Os Sonhadores" de Bertolucci até podem se integrar ao movimento, caso ele passe sob suas janelas. Mas o essencial é o que, entre quatro paredes, faz viver as fantasias libertárias que os filmes nos sugerem.


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