São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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Crítica

MGM mostra último filme de David Lean

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Um médico indiano faz amizade com a inglesa mrs. Moore (Peggy Aschcrot) e a jovem Adela (Judy Davis). Estamos em 1924, a Índia é território colonial, e o preconceito contra os colonizados não é coisa pequena entre os britânicos.
Ao visitar um famoso conjunto de cavernas em companhia do médico, Adela tem alucinações. E o médico acaba sendo acusado de ter mantido relações sexuais com ela (e contra ela).
É o destino desse homem que está em jogo em "Passagem para a Índia" (MGM, 15h45), último filme dirigido por David Lean. Lean era um inglês sem grande convicção. Sempre que possível, desfazia dos ingleses e de sua mania de se comportarem como donos do mundo.
Para Lean, a Índia é um território mágico, onde desejos reprimidos de Adela podem aflorar. Os ingleses tentarão zelar pela ordem colonial, isto é: fazer a magia do colonizado passar por perversão e a própria repressão, por virtude. Antes dos Beatles, pelo menos, parece que era assim.


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