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Crítica
MGM mostra último filme de David Lean
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Um médico indiano faz amizade com a inglesa mrs. Moore
(Peggy Aschcrot) e a jovem
Adela (Judy Davis). Estamos
em 1924, a Índia é território colonial, e o preconceito contra os
colonizados não é coisa pequena entre os britânicos.
Ao visitar um famoso conjunto de cavernas em companhia do médico, Adela tem alucinações. E o médico acaba sendo acusado de ter mantido relações sexuais com ela (e contra
ela).
É o destino desse homem que
está em jogo em "Passagem
para a Índia" (MGM, 15h45),
último filme dirigido por David
Lean. Lean era um inglês sem
grande convicção. Sempre que
possível, desfazia dos ingleses e
de sua mania de se comportarem como donos do mundo.
Para Lean, a Índia é um território mágico, onde desejos reprimidos de Adela podem aflorar. Os ingleses tentarão zelar
pela ordem colonial, isto é: fazer a magia do colonizado passar por perversão e a própria
repressão, por virtude. Antes
dos Beatles, pelo menos, parece que era assim.
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