São Paulo, Segunda-feira, 17 de Maio de 1999
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VÍDEO LANÇAMENTOS
Dois dos filmes que mais frequentaram os videocassetes dos americanos até a semana passada chegam às locadoras brasileiras
Se é bom para os EUA

IVAN FINOTTI
da Reportagem Local

Um grupo de meia dúzia de mercenários é contratado para roubar uma mala. Não sabem o que tem nela, onde está, a quem pertence, quantos precisarão matar para obtê-la, nem para quem estão trabalhando. É disso que "Ronin", de John Frankenheimer, é feito.
Aos poucos, as perguntas vão sendo respondidas, ao mesmo tempo em que os mercenários vão se conhecendo. Há o americano, o alemão, o francês, o inglês etc. Todos misteriosos, ex-espiões, cada um com sua especialidade.
Daí o nome do filme: ronin, no Japão feudal, era o samurai que tinha seu mestre morto. Por não ter conseguido salvar o chefe, o destino do infeliz era abandonar a terra e trabalhar como bandido.
É o que faz essa meia dúzia, agora que a Guerra Fria acabou e não há quem lhes arrume emprego com registro em carteira, 13º e férias.
Se a ação do filme não chega a se equiparar à de um "Missão: Impossível" (Brian De Palma, 1996), é bem superior à de filmes do gênero que pipocam por aí.
O elenco conta a favor: Robert De Niro, Jean Reno ("O Profissional", "Missão: Impossível"), Sean Bean ("007 Contra GoldenEye") e Natascha McElhone ("Truman Show"), entre outros.
O diretor também. Vinte anos antes desse "Ronin", John Frankenheimer fez "Operação França 2" (1977). Tem a ver. "Ronin" também se passa na França e traz uma longa perseguição de carros.
Há diversas outras cenas boas. O passeio de De Niro e Natascha para descobrir mais sobre os homens da mala é surpreendente. A "auto-cirurgia" de De Niro também.
Ao final, quase todas as perguntas estão respondidas. Mas a primeira -o que, afinal, tem dentro da mala?- é um mistério para você desvendar sozinho.

Avaliação:





Filme: Ronin
Produção: EUA, 1997, 122 min
Direção: John Frankenheimer
Com: Robert De Niro e Jean Reno




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