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PROJETO
Marcelo D2 também estuda coletânea de rap
Planet Hemp cria terceiro álbum
da Reportagem Local
Novo álbum do Planet Hemp,
produção de coletânea de bandas desconhecidas de rap em
benefício de crianças com Aids,
um novo selo -chamado Positivo. Mas "Orfeu", não. É essa a
agenda de Marcelo D2, 31, para
o que resta dos anos 1900.
Pouco antes de apresentar o
primeiro grande show com repertório de seu primeiro disco
solo, "Eu Tiro É Onda", em São
Paulo -na última sexta-, D2
contou que foi convidado para
gravar uma faixa na trilha sonora do filme de Cacá Diegues,
que seria produzida por Caetano Veloso. Não foi.
Por que não? "Acho que não
tinha a ver, nunca gostei do trabalho do Caetano."
Seus esforços estão voltados,
portanto, para os dois novos
projetos. O primeiro é o CD-coletânea de bandas novas.
A idéia é que apenas as bandas novas recebam royalties, e
que a gravadora que lançar reduza os lucros, que seriam em
parte remetidos à Sociedade
Viva Cazuza. Quem lançará, ele
não sabe. "Estou negociando
com a Sony (sua gravadora),
com a Trama. A concorrência
com a "bunda music" está fogo."
O que ele pretende não é uma
troca de guarda, a entrada de
sua "turma" no lugar das que
estão em vigência? "Não quero
tomar o poder de nada. Nunca
fiz "play-back" (apresentação
na TV ou ao vivo com dublagem) por causa disso. Não faço
"Domingão do Faustão"." D2
diz que também por questões
relacionadas a poder o Planet
Hemp não voltou ainda à cena
desde novembro de 97, quando
seus integrantes foram presos
sob acusação de fazer apologia
ao uso de maconha.
"Fizemos no máximo 20
shows desde a prisão. Ficou difícil." É ainda nesse clima, e
com contrato renovado com a
Sony, que se anuncia, enfim, o
terceiro disco da banda.
"Queremos a sonoridade do
primeiro, mais rock, mas usando o que aprendemos de tecnologia no segundo. Os Ratos de
Porão vão participar, e mandei
uma letra para o Cypress Hill
-grupo que também defende
a liberação da maconha."
Responde se essa discussão
será, então, o centro do próximo álbum: "Vou cantar "Legalize Já" o resto da minha vida,
mas se ficar repetindo sempre
aquela coisa vai ficar parecendo Vinny".
(PAS)
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