São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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Para Reynaldo Gianecchini, "fazer sempre o galã é chato"

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Às vésperas de estrear seu quarto papel na televisão como protagonista e galã de novela, o ator Reynaldo Gianecchini, 34, resolveu questionar a posição que lhe sustenta desde que apareceu na tela da Rede Globo. Para o ator, fazer sempre um galã na TV é "chato", embora, pondere, isso não chegue a incomodá-lo. "Não me incomoda porque eu aprendi com isso e posso dar outros passos. Não tem nada de errado em fazer o galã em si; ele é um estereótipo, cumpre uma função e mexe com as telespectadoras."
Apesar de aceitar trabalhos que explorem sua beleza física, Gianecchini acha que escolhe bons papéis. "Como ator, é muito chato você ficar preso a uma coisa só. Tenho feito escolhas que têm me ajudado a ir para outro lado e a crescer, principalmente no teatro", diz. "A TV tende a lhe jogar um pouco mais para esse lado, mas daí vêm o teatro e o cinema, onde você pode brincar um pouco mais. Cabe à gente fazer as escolhas certas para não ficar preso somente a uma imagem."
Quando foi chamado para fazer novelas, Gianecchini era modelo em São Paulo. "É mentira essa coisa de que eu só faço o superlindão. Não acho que eu seja algum padrão de beleza. Sempre acredito que dê para fazer outras coisas. Até dentro do bonito você pode ter uma gama de personagens para fazer."
Paulista de Birigui, Gianecchini está em "Sete Pecados", onde será Dante, um taxista cheio de virtudes que se envolverá com uma jovem rica e mimada -interpretada por Priscila Fantin-, que reúne em seu comportamento os sete pecados capitais.
Após ter sido lançado de modelo a ator em "Laços de Família" (2000), Gianecchini chega à sexta novela. Sua performance de maior destaque foi em "Belíssima" (2005/06), quando interpretou o mecânico Pascoal e, com o personagem, entrou para a comédia.
"O Pascoal foi um divisor de águas na minha carreira. Hoje em dia eu recebo muitas propostas para fazer comédia no teatro. Abriu as portas porque as pessoas vêem outras direções numa carreira que estava muito focada nessa coisa só do galã e do romance", diz o ator. O ator diz não se incomodar mais com a exposição pública e o assédio, conseqüências que já lhe tiraram o sono. "Antes, a superexposição me deixava muito mal, me fazia repensar a profissão e eu não sabia lidar com isso. Achava que minha vida estava uma bagunça. Na minha vida, sempre me preservei muito, não falo dela. Hoje em dia aprendi a me defender." (MB)


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