|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para Reynaldo Gianecchini, "fazer sempre o galã é chato"
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Às vésperas de estrear seu
quarto papel na televisão como
protagonista e galã de novela, o
ator Reynaldo Gianecchini, 34,
resolveu questionar a posição
que lhe sustenta desde que apareceu na tela da Rede Globo.
Para o ator, fazer sempre um
galã na TV é "chato", embora,
pondere, isso não chegue a incomodá-lo. "Não me incomoda
porque eu aprendi com isso e
posso dar outros passos. Não
tem nada de errado em fazer o
galã em si; ele é um estereótipo,
cumpre uma função e mexe
com as telespectadoras."
Apesar de aceitar trabalhos
que explorem sua beleza física,
Gianecchini acha que escolhe
bons papéis. "Como ator, é
muito chato você ficar preso a
uma coisa só. Tenho feito escolhas que têm me ajudado a ir
para outro lado e a crescer,
principalmente no teatro", diz.
"A TV tende a lhe jogar um pouco mais para esse lado, mas daí
vêm o teatro e o cinema, onde
você pode brincar um pouco
mais. Cabe à gente fazer as escolhas certas para não ficar
preso somente a uma imagem."
Quando foi chamado para fazer novelas, Gianecchini era
modelo em São Paulo. "É mentira essa coisa de que eu só faço
o superlindão. Não acho que eu
seja algum padrão de beleza.
Sempre acredito que dê para fazer outras coisas. Até dentro do
bonito você pode ter uma gama
de personagens para fazer."
Paulista de Birigui, Gianecchini está em "Sete Pecados",
onde será Dante, um taxista
cheio de virtudes que se envolverá com uma jovem rica e mimada -interpretada por Priscila Fantin-, que reúne em seu
comportamento os sete pecados capitais.
Após ter sido lançado de modelo a ator em "Laços de Família" (2000), Gianecchini chega
à sexta novela. Sua performance de maior destaque foi em
"Belíssima" (2005/06), quando
interpretou o mecânico Pascoal e, com o personagem, entrou para a comédia.
"O Pascoal foi um divisor de
águas na minha carreira. Hoje
em dia eu recebo muitas propostas para fazer comédia no
teatro. Abriu as portas porque
as pessoas vêem outras direções numa carreira que estava
muito focada nessa coisa só do
galã e do romance", diz o ator. O
ator diz não se incomodar mais
com a exposição pública e o assédio, conseqüências que já lhe
tiraram o sono. "Antes, a superexposição me deixava muito
mal, me fazia repensar a profissão e eu não sabia lidar com isso. Achava que minha vida estava uma bagunça. Na minha vida, sempre me preservei muito,
não falo dela. Hoje em dia
aprendi a me defender."
(MB)
Texto Anterior: "Pecado virou comportamento", diz Carrasco Próximo Texto: Diretor contrata produtora O2 para mostrar São Paulo Índice
|