São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007 |
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Série de humor on-line convida internautas a participar de roteiro "Webcom" britânica conta história de londrina que procura 26 meios-irmãos
MARCO AURÉLIO CANÔNICO DA REPORTAGEM LOCAL A popularidade das sitcoms -os seriados de humor da TV, como "Seinfeld" e "Friends"- fez com que o gênero chegasse à internet e convidasse a audiência a interagir, lançando um novo formato: a webcom. O primeiro exemplo do novo gênero é a britânica "Where Are the Joneses?", uma sitcom criada para a internet e transmitida exclusivamente on-line (wherearethejoneses.com), na qual os internautas podem interferir, criando tramas e personagens, além de reeditarem os vídeos. Iniciada há pouco mais de um mês, no dia 15 de junho, a série ganha pelo menos um episódio (de dois a cinco minutos) por dia e tem duração prevista de 86 dias (está hoje no 33º, com 40 vídeos). Ela conta a história da londrina Dawn Jones (a atriz Emma Fryer), que descobre que é filha de um doador de esperma e que tem 26 meios-irmãos espalhados pela Europa. Decidida a encontrar os parentes desconhecidos, ela rouba a lista com o nome dos demais filhos do mesmo doador e parte para descobrir "onde estão os Joneses" -daí o título. O primeiro com quem ela topa, ainda em Londres, é o tímido e meio paranóico Ian (Neil Edmond), com quem sairá rodando pela Europa em busca dos demais meios-irmãos. Roteiro participativo Além das vantagens mais óbvias em relação à TV -ausência de comerciais, possibilidade de rever todos os episódios- o potencial de sucesso do novo gênero, segundo seus criadores (a produtora Baby Cow, que faz sitcoms para a TV britânica) reside na participação interativa do público. Ao fim de cada episódio, a audiência é convidada a contribuir com idéias para o roteiro em um site que usa a tecnologia Wiki (wherearethejoneses. wikidot.com), que permite ao usuário adicionar, remover ou editar o conteúdo (como no caso da Wikipedia, a mais famosa enciclopédia on-line). O seriado também tem seu canal no YouTube, além de perfis nas redes sociais MySpace e Facebook, fotos no Flickr e mesmo um "feeder" (alimentador) que manda para os celulares dos fãs atualizações sobre as andanças de Dawn e Ian. Os internautas têm respondido não apenas com sugestões no roteiro mas também oferecendo suas casas como possíveis locações e se convidando a atuar no seriado. Como o conteúdo é produzido sob uma licença Creative Commons, que flexibiliza os direitos autorais, o público também pode reeditar os vídeos de cada episódio, criando novas versões da série. Texto Anterior: Bernardo Carvalho: A imagem não diz não Próximo Texto: Canais testam interação com a internet Índice |
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