São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2000

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Ministro pede parceria com a produção de TV

DA REPORTAGEM LOCAL

Os números do cinema no Brasil são o reflexo de uma subtração. "Saímos de 225 milhões de espectadores nos anos 70, para 90 milhões atuais. Tivemos 4.500 salas nos anos 50, contra 1.600 agora. O cinema nacional só esporadicamente consegue ser exibido na TV e não participa do mercado de vídeo ou DVD", diz o produtor Luiz Carlos Barreto.
A associação da produção cinematográfica com a TV, citada por Barreto, é de tal forma um objetivo da empreitada governamental que, entre os membros da comissão de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica no Brasil, está Evandro Guimarães, vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações Globo. Mas o ministro da Cultura, Francisco Weffort, não tem proposta específica para que o processo ocorra.
"Será preciso buscar uma forma de cooperação. A TV no Brasil é uma indústria. Se o cinema se associar a ela, ganha características empresariais. Mas não se deve adotar procedimentos que criem constrangimento ao funcionamento do mercado. Ou seja, isso não há de se fazer por decreto. Os dois parceiros devem ganhar com a cooperação. Uma fórmula estatista não tem mais o apelo que pode ter tido nos anos 60", diz o ministro.


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