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Ministro pede parceria com a produção de TV
DA REPORTAGEM LOCAL
Os números do cinema no
Brasil são o reflexo de uma
subtração. "Saímos de 225
milhões de espectadores nos
anos 70, para 90 milhões
atuais. Tivemos 4.500 salas
nos anos 50, contra 1.600
agora. O cinema nacional só
esporadicamente consegue
ser exibido na TV e não participa do mercado de vídeo
ou DVD", diz o produtor
Luiz Carlos Barreto.
A associação da produção
cinematográfica com a TV,
citada por Barreto, é de tal
forma um objetivo da empreitada governamental
que, entre os membros da
comissão de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica no Brasil, está
Evandro Guimarães, vice-presidente de Relações Institucionais das Organizações
Globo. Mas o ministro da
Cultura, Francisco Weffort,
não tem proposta específica
para que o processo ocorra.
"Será preciso buscar uma
forma de cooperação. A TV
no Brasil é uma indústria. Se
o cinema se associar a ela,
ganha características empresariais. Mas não se deve adotar procedimentos que
criem constrangimento ao
funcionamento do mercado.
Ou seja, isso não há de se fazer por decreto. Os dois parceiros devem ganhar com a
cooperação. Uma fórmula
estatista não tem mais o apelo que pode ter tido nos anos
60", diz o ministro.
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