DA REPORTAGEM LOCAL

Além de registros indígenas literários, começam a ganhar corpo iniciativas para difundir por todo o país a música típica das tribos brasileiras. Um dos mais empenhados na tarefa é Ailton Krenak, 46, diretor do Festival de Dança e Cultura Indígena. No ano passado, ele produziu 2.000 cópias de "O Canto das Montanhas", registro da segunda edição do festival, distribuído pelo selo Sonhos & Sons.
Este ano, Krenak improvisou um estúdio de gravação numa "maloca de bambu e palha do alto da Serra do Cipó" e repetiu a dose. A pajelança musical ocorreu de 23 a 29 de setembro passado, na terceira edição do festival. "As tribos saíam da performance no terreiro e iam direto bater no estúdio. Foi ótimo fazer esse trabalho a sangue quente", conta.
O pressuposto de Krenak para que a música indígena emplaque seus primeiros hits está numa idéia corrente: "Dizem que há gosto para tudo. Então, onde está o pessoal que gosta de música indígena? Ou será que são só os índios?", afirma. (SA)



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