São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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acelera, Stipe

Vocalista do R.E.M. diz que banda está em "nova fase" e que fará "shows melhores" em sua segunda passagem pelo Brasil, no próximo mês

DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK

O vocalista do R.E.M., Michael Stipe, não está com pressa. Paletó, óculos escuros, chapéu e bolsa de couro avermelhado, ele chega de casa a pé até o Tribeca Grand Hotel, em Nova York, e sobe à suíte do sétimo andar, onde falará com jornalistas sobre a turnê da banda pela América Latina.
Ao receber a Folha, pede licença para continuar à janela. "Veja este prédio [originalmente da American Thread Company, construído no século 19]. Sempre o vejo lá embaixo, mas é mais bonito ver daqui, através das árvores", diz, precedendo uma longa pausa.
E assim, em um ritmo que lembra mais a canção "Everybody Hurts" do que "Losing My Religion", ele explica que o último disco do R.E.M., "Accelerate" (acelerar), reflete um momento feliz do grupo, que ganhou energia ao se reconciliar de brigas do passado e decidiu adotar uma pegada mais "rápida" e "rock and roll".
Para os shows em Porto Alegre (6 de novembro, no estádio Passo d'Areia), Rio (dia 8, na HSBC Arena) e São Paulo (10 e 11, no Via Funchal), diz que, "além dos hits" e de músicas do novo álbum, deverá tocar "I've Being High", "She Just Wants to Be", "Country Feedback" e "Let Me In". Não descarta incluir "Everybody Hurts", que tem ficado de fora da turnê. Ele conta que seleciona o repertório de cada país pedindo idéias a pessoas que moram no lugar.
Stipe diz ainda que não gosta de ficar preso nos hotéis. "Estou muito ansioso para ir a São Paulo. Vou querer andar pela cidade, procurar um museu, um bom café, um bom restaurante e simplesmente estar na rua. Gosto de sentir o lugar onde estou", diz.


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