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acelera, Stipe
Vocalista do R.E.M. diz que banda está em "nova fase" e
que fará "shows melhores" em sua segunda passagem pelo Brasil, no próximo mês
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
O vocalista do R.E.M., Michael Stipe, não está com pressa. Paletó, óculos escuros, chapéu e bolsa de couro avermelhado, ele chega de casa a pé até
o Tribeca Grand Hotel, em Nova York, e sobe à suíte do sétimo andar, onde falará com jornalistas sobre a turnê da banda
pela América Latina.
Ao receber a Folha, pede licença para continuar à janela.
"Veja este prédio [originalmente da American Thread
Company, construído no século 19]. Sempre o vejo lá embaixo, mas é mais bonito ver daqui, através das árvores", diz,
precedendo uma longa pausa.
E assim, em um ritmo que
lembra mais a canção "Everybody Hurts" do que "Losing
My Religion", ele explica que o
último disco do R.E.M., "Accelerate" (acelerar), reflete um
momento feliz do grupo, que
ganhou energia ao se reconciliar de brigas do passado e decidiu adotar uma pegada mais
"rápida" e "rock and roll".
Para os shows em Porto Alegre (6 de novembro, no estádio
Passo d'Areia), Rio (dia 8, na
HSBC Arena) e São Paulo (10 e
11, no Via Funchal), diz que,
"além dos hits" e de músicas do
novo álbum, deverá tocar "I've
Being High", "She Just Wants
to Be", "Country Feedback" e
"Let Me In". Não descarta incluir "Everybody Hurts", que
tem ficado de fora da turnê. Ele
conta que seleciona o repertório de cada país pedindo idéias
a pessoas que moram no lugar.
Stipe diz ainda que não gosta
de ficar preso nos hotéis. "Estou muito ansioso para ir a São
Paulo. Vou querer andar pela
cidade, procurar um museu,
um bom café, um bom restaurante e simplesmente estar na
rua. Gosto de sentir o lugar onde estou", diz.
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