São Paulo, Quarta-feira, 17 de Novembro de 1999
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TEATRO

Dívida está em R$ 350 mil; cada poltrona custa R$ 500

Augusta vende cadeiras para sobreviver sem patrocínio

da Redação

O Teatro Augusta está vendendo suas poltronas. Os compradores recebem um certificado e têm seu nome imortalizado numa plaqueta de metal afixada na cadeira.
Essa foi a forma encontrada por Joaquim Goulartt, ator e diretor responsável pelo teatro, para manter a casa aberta.
Hoje, com uma dívida de cerca de R$ 350 mil, proveniente da reforma que durou dois anos, além do custo operacional mensal de R$ 25 mil, Goulartt não consegue patrocínio.
A bilheteria das peças de sucesso que o espaço recebe cobre apenas cerca de 50% do custo operacional mensal do teatro.
Desde maio deste ano, já foram vendidos 107 lugares dos 320 que o teatro oferece. Entre os donos, estão nomes conhecidos como Rosi Campos, Ney Latorraca, Bete Coelho e Irene Ravache. Cada poltrona custa R$ 500.
O Teatro Augusta existe graças ao esforço de Goulartt que, há dois anos, assumiu sozinho o aluguel do antigo Auditório Augusta, próximo à avenida Paulista, em São Paulo. Investiu cerca de R$ 2,5 milhões na reforma do prédio.
O novo teatro, com projeto de Ciro Pirondi e Cleri Laurindo, teve o patrocínio da Racional, Pem Engenharia e Cultura Inglesa, que deram o impulso inicial à obra.
O espaço conta com uma aparelhagem de palco informatizada, segurança, um café, uma livraria e um espelho d'água. No subsolo há uma sala de ensaios.
A inauguração do teatro, em 17 de junho deste ano, não pôde ter festa. Goulartt apresentou, com José Germano Mello, "Medéia É um Bom Rapaz", de Luis Riaza.
(ROGÉRIO EDUARDO ALVES)


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