|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TEATRO
Dívida está em R$ 350 mil; cada poltrona custa R$ 500
Augusta vende cadeiras para sobreviver sem patrocínio
da Redação
O Teatro Augusta está vendendo suas poltronas. Os compradores recebem um certificado e têm
seu nome imortalizado numa plaqueta de metal afixada na cadeira.
Essa foi a forma encontrada por
Joaquim Goulartt, ator e diretor
responsável pelo teatro, para
manter a casa aberta.
Hoje, com uma dívida de cerca
de R$ 350 mil, proveniente da reforma que durou dois anos, além
do custo operacional mensal de
R$ 25 mil, Goulartt não consegue
patrocínio.
A bilheteria das peças de sucesso que o espaço recebe cobre apenas cerca de 50% do custo operacional mensal do teatro.
Desde maio deste ano, já foram
vendidos 107 lugares dos 320 que
o teatro oferece. Entre os donos,
estão nomes conhecidos como
Rosi Campos, Ney Latorraca, Bete
Coelho e Irene Ravache. Cada
poltrona custa R$ 500.
O Teatro Augusta existe graças
ao esforço de Goulartt que, há
dois anos, assumiu sozinho o aluguel do antigo Auditório Augusta,
próximo à avenida Paulista, em
São Paulo. Investiu cerca de R$
2,5 milhões na reforma do prédio.
O novo teatro, com projeto de
Ciro Pirondi e Cleri Laurindo, teve o patrocínio da Racional, Pem
Engenharia e Cultura Inglesa, que
deram o impulso inicial à obra.
O espaço conta com uma aparelhagem de palco informatizada,
segurança, um café, uma livraria e
um espelho d'água. No subsolo há
uma sala de ensaios.
A inauguração do teatro, em 17
de junho deste ano, não pôde ter
festa. Goulartt apresentou, com
José Germano Mello, "Medéia É
um Bom Rapaz", de Luis Riaza.
(ROGÉRIO EDUARDO ALVES)
Texto Anterior: Dança: Rui Moreira estréia hoje na França Próximo Texto: Personalidade: Caetano critica colonização portuguesa Índice
|