São Paulo, Sexta-feira, 17 de Dezembro de 1999


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LIVRO
Colunista lança hoje, em São Paulo, "Fotossíntese", que revisa os 13 anos de colunismo diário na Folha
Joyce faz síntese do glamour sem poses

Janete Longo - 24.nov.96/Folha Imagem
Liana de Moraes, em festa na Estação Júlio Prestes, em 96


EDER CHIODETTO
Editor-adjunto de Fotografia


Com muito riso, pouco siso e 188 movimentadas páginas, acontece amanhã, em São Paulo, o lançamento do livro "Fotossíntese", da colunista da Folha Joyce Pascowitch.
Em "Fotossíntese" Joyce passa em revista furos jornalísticos, fuxicos, intrigas palacianas e muitas imagens, que imprimem ousadia e irreverência à página 2 da Ilustrada desde abril de 1986, quando ela estreou no jornal.
Editado pela DBA, com projeto gráfico de Giovanni Bianco e texto de apresentação da escritora Patricia Melo, o livro reproduz algumas notas que deram o que falar, selecionadas pela equipe da colunista, mas centra o foco nas fotografias da turma que "sai na Joyce".
Fotografar para a Joyce não é tarefa fácil, como poderiam supor os desavisados ao imaginar fotos de colunas sociais. A inquietação com que ela busca informações exclusivas em suas fontes segue para além da notícia publicada em textos.
Deve obrigatoriamente estar também na lente e na postura do fotógrafo que, a cada noite, circula por galerias, festas e outros lugares badalados da cidade.
Foto posada, com roda de amigos e sorrisinho amarelo, argh!, como diria Joyce, nem pensar. O fotógrafo aqui tem de ter ousadia de paparazzo e desenvoltura suficiente para saber dizer não aos tantos pedidos e assédios dos que querem aparecer.
Que seja assim, então. Não, dez vezes não ao sorriso falso dirigido à câmera. Sim, dez vezes sim à gargalhada, ainda que falsa, se flagrada como surpresa.
Sim também ao gesto inesperado, ao espontâneo, à gag, à explosão da luz do flash que ilumina vaidades, humores, belezas e, claro, alguma cafonice -se, nesse caso, ela puder garantir diversão.
O que Joyce deseja é o instante que antecede ou sucede a pose. Aquele fragmento de segundo em que o fotografado, surpreendido, não tem tempo de se apresentar vestindo sua persona de mídia.
A foto deve revelar o que a pessoa é (ou pensa ser) no lugar do que ele gostaria de parecer. Para tanto, o fotógrafo há de se tornar ausência no meio do turbilhão das galerias.
Não é um retrato de Dorian Gray, não é uma cirurgia plástica, tampouco o espelho d'água de Narciso, embora os narcisistas de plantão adorem sair, nem que seja de costas, com rugas a mostra, cochichando, fazendo careta, exibindo um modelo excessivo.
Afinal, é sempre divertido, ninguém se machuca e há ainda uma aura de poder e glamour que todos, indefinidamente, adoram. Foto síntese é isso.
Para chegar a essa irreverente linguagem fotográfica, que se tornou referência e diferencial do colunismo realizado no país, Joyce contou com a colaboração de fotógrafos como Claudio Freitas, Paulo Giandalia, Marlene Bergamo, Otávio Dias de Oliveira e Janete Longo, entre outros presentes no livro.
De quebra, a colunista tornou-se também uma das mais ousadas editoras de fotografia do mercado editorial. Mas nem assim, como ela própria brinca no texto de apresentação, conseguiu fazer parte da turma que "sai na Joyce". A ela restou o lugar de fada madrinha de desejos e vaidades que agora alcançam as vitrines.


O quê: lançamento de "Fotossíntese"
Quando: amanhã, das 14h às 19h30, somente para convidados
Onde: Fasano (r. Haddock Lobo, 1.644, São Paulo, tel. 0/xx/11/852-4000)
Livro: Fotossíntese Autora: Joyce Pascowitch Editora: DBA Quanto:R$ 75 (188 págs.)
Formato: 23 cm x 29 cm, com fotos P&B e coloridas


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