São Paulo, segunda-feira, 17 de dezembro de 2001

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Fagundes gosta de ser a cara d'Ele

DA ENVIADA AO RIO

Dado que ninguém viu a face de Deus, o ator Antonio Fagundes sentiu-se à vontade para emprestar-Lhe seu rosto.
"Quando fiz "Villa-Lobos - Uma Vida de Paixão", de Zelito Viana, fiquei preocupado. Muitas pessoas, algumas que ainda estão vivas, conviveram com ele, conheceram sua personalidade, sua forma de se expressar. Era um risco grande. Sobre Deus a gente não tem referências", diz o ator.
Apesar de ter integrado o elenco de "perto de 40 filmes", Fagundes nunca havia tomado parte em um título de Cacá Diegues. "Sempre invejei as pessoas que filmavam com ele. Quando surgiu essa oportunidade, não titubeei."
Em "Deus É Brasileiro" Fagundes contracena com Wagner Moura, 25, intérprete de Taoca. Revelado nacionalmente no elenco da montagem teatral "A Máquina", de João Falcão, o ator baiano faz seu quinto longa.
A estréia no cinema foi em "Sabor da Paixão" (99), de Fina Torres, estrelada por Murilo Benício e pela espanhola Penélope Cruz, que era uma cozinheira na Bahia.
Como os seus três trabalhos seguintes estão inéditos -"Abril Despedaçado", de Walter Salles, "As Três Marias", de Aloísio Abranches e Heitor Dhalia, e "O Homem do Ano", de José Henrique Fonseca- o longa de Torres foi o único em que Moura já se viu no cinema. O ator equilibra a expectativa de assistir-se por mais tempo na tela com a excitação do aprendizado das filmagens. "Estou achando muito difícil, mas adoro estar aprendendo." (SA)



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