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ILUSTRADA
Profetas podem ir para o Museu de Congonhas
Obras de Aleijadinho terão réplicas, mas substituição não está definida
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CONGONHAS (MG)
Resguardada a polêmica sobre a
possível transferência para um
ambiente climatizado do conjunto de profetas esculpido no início
do século 19 por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), serão construídas réplicas
das estátuas, que adornam o adro
do santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG).
A reprodução dos 12 profetas de
pedra-sabão integra o projeto do
Museu de Congonhas, lançado
ontem na cidade pelo ministro
Gilberto Gil (Cultura). A substituição dos originais, contudo,
ainda depende de estudos.
O ministro voltou a defender a
retirada das peças. "Com mais 20
ou 30 anos expostas ao tempo,
elas estarão definitivamente comprometidas." Dizendo-se leigo no
assunto, ressaltou tratar-se de
opinião pessoal.
Ainda não há consenso sobre a
mudança da obra de lugar. O prefeito de Congonhas, Gualter
Monteiro (PL), é um entusiasta da
medida. "Todos os estudos que
conheço recomendam a saída das
peças do adro." A superintendente nacional do Iphan (Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional), Maria Elisa Costa, afirmou ser necessário desvincular o
projeto do museu da transferência das esculturas. O Museu de
Congonhas será o primeiro a levar a chancela do Monumenta,
programa de recuperação de sítios e conjuntos históricos do Ministério da Cultura. A obra deverá
ser concluída no fim de 2005.
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