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Queda de público nas salas preocupa setor
DA REPORTAGEM LOCAL
A preocupação com a queda
de público nos cinemas é mundial. Mas, no Brasil, o alerta traz
um dado a mais: a média de espectadores por sala em 2006
deverá ser a menor dos últimos
dez anos -41,8 mil, segundo
projeção do portal Filme B.
"Não há negócio no mundo
que se rentabilize com taxa de
25% de ocupação", diz Valmir
Fernandes, presidente da Cinemark, que adotou medidas como a "sessão desconto", cobrando R$ 4 e R$ 2 (meia), para
filmes no meio da tarde.
Na última segunda, Fernandes e alguns de seus pares da
exibição se reuniram com o ministro da Cultura, Gilberto Gil,
para pedir atenção ao setor.
Não querem benefícios, diz
Fernandes, mas sensibilidade
do governo aos problemas que,
na visão dos empresários, penalizam seu negócio -abusos
na utilização da meia-entrada e
o peso da cota de tela (número
de dias de exibição obrigatória
de filmes nacionais, definido a
cada ano pelo governo).
A queda de público nos cinemas tem explicação quase consensual: o aumento da oferta de
filmes em DVD (em prazos cada vez menos distantes de seu
lançamento nas salas) e o avanço do "home theater" tornaram
mais atraente ficar em casa.
A teoria é quase consenso,
porque há quem coloque a culpa do fenômeno na "fragilidade
do produto", ou seja, na temporada de filmes ruins. "Estou otimista em relação a 2007", diz
Fernandes, sobre o ano que terá seqüências de "Homem-Aranha", "Shrek" e "Harry Potter".
Mas é fato que o mercado de
home video (VHS e DVD) no
país responde hoje por 50% do
faturamento do setor, tendo
superado as salas de exibição.
O Brasil possui 2.072 salas de
cinema, em 389 municípios
(7% do total), segundo a Agência Nacional do Cinema. SP e
Rio abarcam 49% das salas.
(SA)
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