São Paulo, sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

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Produtor segue trilha do sucesso de padre Marcelo

DE SÃO PAULO

"Maria, a Mãe do Filho do Deus", o primeiro filme do padre Marcelo, foi o quarto filme nacional mais visto em 2003, ano de sucessos históricos, como "Carandiru" e "Lisbela e o Prisioneiro".
Para além dos 2,3 milhões de ingressos vendidos, o filme dirigido por Moacyr Góes chamou a atenção por um detalhe: teve um baixíssimo preço médio de ingresso.
É que muitos dos espectadores que foram ver "Maria" esperaram a quarta-feira, dia de cinema mais barato, para saber que destino teve o padre Marcelo na tela.
O filme seguinte do padre, "Irmãos de Fé", lançado em 2004, já não teve, porém, o mesmo impacto. Apesar de ter sido lançado em 300 salas, assim como o antecessor, ficou na beira do 1 milhão de ingressos vendidos.
Ficava comprovado que a religião era um atrativo poderoso para o público que não ia habitualmente ao cinema, mas que, para decolar de fato, o filme tinha de comunicar-se com o público.

MAPA DA MINA
"É claro que a gente levou em conta o sucesso do "Maria", mas o padre Marcelo era também um ícone midiático", observa Paulo Thiago, produtor de "Aparecida - O Milagre". "A santa, por sua vez, é um ícone histórico."
Thiago admite ter seguido a trilha do antecessor para entender melhor o produto que tinha nas mãos.
"Fizemos um estudo dos lugares nos quais o filme funcionou melhor", diz o produtor, citando, por exemplo, o cine Roxy, no Rio.
Mas a matemática do vice-presidente da Paramount na América Latina, Jorge Peregrino, levou em conta, sobretudo, os dados do próprio santuário da Aparecida. "Sabemos que 70% dos fiéis que vão a Aparecida são de São Paulo. Só 8% são do Rio", diz. "Mas o que a gente não pode esquecer é que só o santuário é uma população de 10 milhões de pessoas." (APS)


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