São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2000 |
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A arte de ser outro
CLAUDIO CASTILHO especial para a Folha de Los Angeles Quando Walter Salles soube das duas indicações de "Central do Brasil" para o Oscar 99, disse sentir-se "mais confortável na família das produções independentes do que na família do Oscar". Anthony Minghella,46, amigo e grande apreciador de Salles, garante que seu coração também bate mais forte pela preferência do brasileiro. Mas, coração à parte, Minghella não pode negar que seu trabalho já vem há algum tempo conquistando os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Hollywood. Primeiro foram as nove estatuetas dadas a "O Paciente Inglês", em 97, e agora, seu mais recente filme, que estréia hoje no Brasil: "O Talentoso Ripley", indicado a cinco Oscar (ator coadjuvante, roteiro adaptado, direção de arte, figurino e trilha sonora original). Baseado no livro da escritora americana Patricia Highsmith, "Ripley" é talvez o competidor deste ano com o elenco mais consagrado pelo Oscar. Matt Damon ("O Gênio Indomável") faz o protagonista Tom Ripley, um solitário gay americano que busca ser aceito e acaba assumindo a identidade de seu objeto do desejo, Dickie, o inglês Jude Law, agora indicado como coadjuvante. O filme tem ainda as atrizes Gwyneth Paltrow (Oscar de melhor atriz por "Shakespeare Apaixonado") e Cate Blanchett, concorrente de Paltrow e Fernanda Montenegro por "Elizabeth", no ano passado. Veja a seguir os principais trechos da entrevista concedida à Folha por Anthony Minghella, na qual fala de seu novo trabalho. Folha - Como surgiu seu fascínio por Tom Ripley? Folha - Na sua opinião, o que
ele procura nessa jornada? Folha - O homossexualismo de
Ripley foi um aspecto que você
já pensava em enfatizar? Folha - Mas ele traz uma aparente dose de sensualidade. Folha - Dickie é consciente do
amor de Ripley por ele? Folha - Como foi o processo de
adaptação do livro para filme? |
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