São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009 |
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CONEXÃO POP O sintetizador
Bandas como Franz Ferdinand e Yeah Yeah Yeahs trocam guitarras sujas por sons climáticos Bastante associado com o pop dos anos 1980 (década do synth-pop, do new romantic e, claro, do Erasure), a linha do tempo do sintetizador pode começar, para alguns pesquisadores, na Grécia Antiga. Para esses, o sintetizador é parente dos hydraulos, instrumento criado em 300 a.C. pelo engenheiro grego Ktesibios, a partir de uma câmara de ar colocada em uma banheira de água, cuja pressão era modificada a partir de bombas manuais. Graham Bell ganhou a fama como inventor do telefone, mas para alguns a honra deveria ser dividida com o engenheiro americano Elisha Gray. À parte a polêmica, Gray criou -acidentalmente- em "187 e poucos" (a historiografia diverge quanto a data) o telégrafo harmônico, aparelho que emitia sons a partir de circuitos eletromagnéticos. Então veio Robert Moog, uma das mentes mais brilhantes da música popular do século 20, que criou o primeiro sintetizador modular, em 1964, ainda monofônico (tocava uma nota por vez). Hoje, com softwares como o Ableton Live, os sintetizadores são manuseáveis com um ou dois cliques. Se as guitarras sujas, rápidas, desenhavam uma sonoridade seca que deu o tom do rock nesses anos 2000, duas das principais bandas desse novo rock adotaram o sintetizador quase como um GPS para encontrar suas notas melódicas. Espertos, os escoceses do Franz Ferdinand perceberam que não conseguiriam avançar no som dançante usando apenas guitarras; assim, faixas como a viajante "Lucid Dreams" ou a fantástica "Can't Stop Feeling" trazem fortes sintetizadores, num belo clima oitentista. Enquanto isso, em "Zero" o som do YYY continua abrasivo e pouco convencional, mas o trio parece partir do ponto onde o Ultravox acabou: com sintetizador atmosférico duelando com uma guitarra frenética. É complicado falar de shows que não estão com contratos assinados e tal, mas a informação é quente: o Yeah Yeah Yeahs vai se apresentar no Brasil no segundo semestre. Quem afirma é a Universal dos EUA, que lança os discos da banda. thiago.ney@grupofolha.com.br Texto Anterior: CDs/DVDs Próximo Texto: Peças renovam flerte de teatro e vídeo Índice |
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