São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2005

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NAS LOJAS

Experimental
MÚSICA PRA VER
  
HILTON RAW


Hilton Raw é compositor de trilhas. Este seu segundo álbum compila faixas feitas por ele para cinema, instalações de arte, programas de TV. Estão aqui o tema de abertura do programa "Manhattan Connection" e sons criados para uma exposição de Bob Wolfenson. Diferentes climas, ambiências e sensações se alternam, com poucos e rápidos momentos de foco. Menos de metade das faixas passam de um minuto de duração. Idéias jazzísticas se intercalam com climas de música eletrônica, tudo meio caótico, sujo, interessante. Aparecem trompetes, guitarras, programações, sanfonas, vozes que soam como samples.
POR QUE OUVIR: É interessante e funciona como um new age às avessas. (RONALDO EVANGELISTA)

GRAVADORA: independente. QUANTO: R$ 20.

TECNOPOP
LIVE AT THE SHEPHERDS BUSH EMPIRE
 
GARY NUMAN

Envolto entre sintetizadores, Gary Numan nunca foi um artista que realmente sobressaísse dos então emergentes nomes do tecnopop oitentista. Há alguns anos, voltou a ter modesta atenção do público, com obras mais sombrias. Este disco ao vivo, gravado em Londres em 1997, recupera os principais momentos dessa carreira que não justifica um CD duplo -aliás, são raros os artistas que fazem jus a tanto espaço. Não será com esse frio e datado "Live" que Numan provará sua relevância.
POR QUE OUVIR: Porque, na obsessiva onda revisionista dos anos 80, Gary Numan se encaixa no verbete de criador do velhusco hit da new wave "Cars". É pouco. (BRUNO YUTAKA SAITO)

GRAVADORA: ST2 Records. QUANTO: R$ 35, em média.

MPB
DAS COISAS SIMPLES DA VIDA
    
VITAL LIMA

Vital Lima, 50, é um dos mais importantes compositores do Pará, mas não há nada que o prenda em uma gaiola regional -está, inclusive, radicado no Rio há 26 anos. Neste CD, o primeiro desde 1997, ele mistura o carimbó de sua terra com fado, samba, choro e sons caribenhos, mostrando-se à vontade em todos os campos. Gravado em Belém com músicos locais, o disco tem um pé na aldeia e outro no mundo.
POR QUE OUVIR: Da contagiante "Tiã Tiã" à comovente "Sobreviventes", o CD mantém um bom padrão de qualidade ao longo das 12 faixas. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

GRAVADORA: BMG. QUANTO: R$ 35, em média.

Canções francesas
J'AI DEUX AMOURS
  
DEE DEE BRIDGEWATER

No cenário vocal jazzístico americano existem as divas remanescentes, as aspirantes a divas, as cantorinhas que acham que têm algo de divas, mas que nunca chegarão perto disso, e, por fim, Dee Dee Bridgewater. Grande e original, mestre do improviso vocal "scat", demoiselle Bridgewater, 54, esconde bem seus talentos neste álbum de canções francesas. O repertório óbvio, cheio de "La Vie en Rose"'s, não é o problema. Nem a voz de Dee Dee. Duro de tragar são os arranjos equivocados e chinfrins, com grandiloqüencia e pitadas caribenhas.
POR QUE OUVIR: Pela qualidade vocal de DDB e por uma ou outra canção "correta", como "Dansez sur Moi". (CASSIANO ELEK MACHADO)

GRAVADORA: Universal. QUANTO: R$ 30 (em média).

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