São Paulo, quarta-feira, 18 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CDs

Instrumental
Cores

ROGÉRIO ROCHLITZ
Gravadora: Pôr do Som; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom
Tecladista da banda Farufyno e do Trio Mocotó, o compositor e arranjador paulista Rogério Rochlitz encara a música instrumental com leveza e pinceladas de humor. "Cores", seu terceiro CD, exibe repertório diversificado: do gingado samba "Simbora!" à erudita "Filarmônica da Chipônia"; do sofisticado baião "De Casa pra Rua" à jazzística "Pra Ela". E, talvez para dar um susto no ouvinte, ainda comete uma divertida versão de "Crazy Pop Rock" (Gilberto Gil).
POR QUE OUVIR: Rochlitz sugere que a música instrumental não precisa soar pretensiosa, muito menos ser ortodoxa. Pode até provocar sorrisos. (CARLOS CALADO)
Erudito
Colombo

SILVIO BARBATO
Gravadora: Bongiovanni; Quanto: R$ 88, em média (importado); Avaliação: bom
Escrito para o quarto centenário do descobrimento da América, e celebrando o navegante genovês, "Colombo", de Carlos Gomes, é um oratório, mas funciona como ópera em miniatura. Feita ao vivo, na Itália, em 2006, sob a batuta do brasileiro Silvio Barbato, a gravação se destaca por seu caráter teatral e pela excelência das vozes, como o barítono romeno Alexandru Agache, no papel-título, e os reis da Espanha (a soprano Rossana Potenza e o tenor Gustavo Porta).
POR QUE OUVIR: Liderados por Barbato, orquestra e coro do Teatro Massimo "Bellini", de Catânia, na Sicília, fazem uma leitura convincente da obra. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

Rock
Como num Filme sem um Fim

PÚBLICA
Gravadora: Olelê Music; Quanto: R$ 21 (à venda pelo e-mail publica@olelemusic.com.br); Avaliação: bom Em seu segundo disco, o grupo gaúcho soa menos como xerox do rock dos Strokes, mas ainda busca identidade mais forte. Ótimas faixas como "1996" e "Canção do Exílio" mostram um grupo de melodias coesas e guitarras bem trabalhadas, em que ficam evidentes um clima melancólico, de inverno, tão típico no pop rock britânico. Em www.publicaoficial.com é possível baixar o disco de graça; a versão física contém um DVD com making of das gravações.
POR QUE OUVIR: O Pública faz um rock elegante, sem gracinhas ou excessos, mas ainda não gravou "o" disco. (BRUNO YUTAKA SAITO)

MPB
Vicente

VICENTE BARRETO
Gravadora: Koala Records; Quanto: R$ 25, em média; Avaliação: bom
Baiano radicado em SP, Vicente Barreto tem admirável capacidade de ser bom e original nas composições urbanas, nordestinas, interioranas, sustentando tudo em seu violão reconhecível. Acompanhado de três músicos, ele reafirma sua força em "Conversa ao Pé da Porta" e "Roda de Capoeira", além de "A Cara do Brasil". O nível cai em uma ou outra composição, como "Santo sem Andor", mas o resultado é um diversificado painel do Brasil.
POR QUE OUVIR: É difícil não se comover com algumas passagens das canções e do violão de Barreto, um compositor sempre merecendo ser mais conhecido. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

DVD

MPB
Que Nega É Essa?

VERÔNICA SABINO
Gravadora: MP,B; Quanto: R$ 29,90 (CD) e R$ 39,90 (DVD); Avaliação: regular
Num esquema "Acústico MTV", o especial traça retrospectiva da carreira irregular da cantora. Da fase em que ela emplacava hits em novelas, nos anos 80, vem "Todo o Sentimento" (Cristóvão Bastos/Chico Buarque, de "Vale Tudo"). Mais obscuras são faixas dos anos 90 e 2000, como "Tardes" (Adriana Calcanhotto). Mas, por que ouvir as releituras se as originais são tão melhores?
POR QUE VER/OUVIR: Como introdução à fatia menos conhecida da obra da carioca, que pode render boas surpresas. (MARCUS PRETO)



Texto Anterior: Música: Filme contará história da música black inglesa
Próximo Texto: Conexão Pop: Barulho, mas com melodia
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.