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Feira aposta no mercado de arte
Com mais galerias que no ano passado, terceira edição da SP Arte tem abertura hoje para convidados
Ciclo de debates, lançamento de livros e mostra de vídeos complementam a programação do evento
GABRIELA LONGMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo que filósofos e historiadores se preocupem insistentemente o conceito de "arte", nesta semana só há uma definição em voga na cidade: arte
é mercado. De hoje a domingo,
a terceira edição da SP Arte
reúne 59 galerias no Pavilhão
da Bienal, em um evento que,
pouco a pouco, ganha maior dimensão. São cinco dias de contato com público e comercialização de obras, permeados por
debates, lançamento de livros e
mostra de vídeos.
Com nove galerias a mais do
que em sua última edição -18 a
mais do que em seu surgimento, em 2005-, o evento passa a
ocupar também o mezanino do
prédio. O número de expositores estrangeiros também cresceu: são seis neste ano, vindos
da Argentina (GC Estudio de
Arte), Chile (Galería de Arte
Isabel Aninat), França (Galerie
Sycomore), Espanha (Galería
Luis Adelantado), Portugal
(Galeria Mário Sequeira) e
Uruguai (Galería Sur).
"A abertura de novas galerias, o número crescente de
obras brasileiras valorizadas no
exterior e a consolidação dos
clubes de fotografia e gravura
nos museus revelam um crescimento do mercado de arte nos
últimos anos", diz a diretora da
feira, Fernanda Feitosa.
Formada em direito e colecionadora de arte há dez anos,
foi Feitosa quem, em 2004, vislumbrou a possibilidade de
reunir galerias sob um mesmo
teto em São Paulo. Inspirada
pela ArteBA (feira em Buenos
Aires) e pela
Art Basel, na Suíça, consultou
galerias "amigas" sobre a possibilidade de uma versão paulistana. A primeira edição surgiu
já no ano de 2005.
Atividades paralelas
Com o intuito de conferir ao
evento um caráter também de
reflexão, um ciclo de debates
(qui. e sex., às 17h30; sáb. e
dom., às 16h30) discute "A arte
e os poderes da imagem", "Afinal, o que é o mercado de arte
no Brasil?", entre outros temas,
com críticos (Tadeu Chiarelli e
Ronaldo Brito, entre outros),
galeristas (André Millan) e artistas (Dudi Maria Rosa, Carlos
Vergara, entre outros).
Algumas galerias prepararam estandes "especiais", caso
da Brito Cimino, que reservou
um especialmente para as
obras das artistas Regina Silveira e Rochelle Costi. A galeria
carioca H.A.P. também construiu um segundo espaço para
desenhos do brasileiro Nelson
Felix. Com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, a mostra
de vídeo apresenta obras de Oscar Muñoz, Adrian Paci e John
Wood, entre outros, divididas
em três programas. (veja programação completa no site da
feira www.sp-arte.com).
O mercado editorial de arte
acompanha o movimento: Raul
Mourão, Marcos Chaves e Anna Bella Geiger têm suas obras
revistas em novas publicações
da Casa da Palavra. Já o estande da editora Cosacnaify promete 20% de desconto sobre
todo o catálogo.
Em fascículo especial editado pela feira, colecionadores e
especialistas dão dicas para
quem busca começar uma coleção. Para passear em meio às
mais de 10 mil obras que estarão expostas, fica na memória a
receita do colecionador Gilberto Chateaubriand para jovens
compradores: "Que tenha faro
e uma boa conta bancária".
SP ARTE
Quando: abertura hoje, das 19h às 23h
(somente para convidados); qui. e sex.,
das 14h às 22h; sáb. e dom., das 12h às
21h
Onde: Pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/ nš,
portão 3, tel. 0/xx/11/3032-7576)
Quanto: R$ 20
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