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Crítica/cinema/"Anjos da Noite - A Rebelião"
Caldeirão de referências gera filme ruim, mas com estilo
RICARDO CALIL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O melhor elogio que se
pode fazer a "Anjos da
Noite - A Rebelião" é
que a sua ruindade nunca é genérica. Ao contrário, tem estilo,
idiossincrasias até. Trata-se de
um horror gótico, com personagens que parecem saídos de
um show do Sisters of Mercy,
feito com recursos de filme B e
pretensões shakespearianas.
Em termos mais objetivos, é
um filme que volta no tempo
para explicar o conflito mostrado em episódios anteriores da
série. Nesse caso, a origem da
batalha entre duas tribos imortais: os aristocráticos vampiros
que formam os Mercadores da
Morte e os bárbaros lobisomens conhecidos como Lycans.
Neste terceiro filme, revela-se que tudo começa quando o
vampiro Viktor (Bill Nighy)
descobre que sua filha está
apaixonada pelo lobisomem
Lucian (Michael Sheen). Perseguido por Viktor, Lucian decide
liderar uma rebelião dos lycans
escravizados pelos mercadores.
"Anjos..." tem ecos do amor
impossível de "Romeu e Julieta", da revolta de escravos de
"Spartacus" (1960), do sadismo
épico de "A Paixão de Cristo"
(2004). Mas isso não significa
que não ofereça mistérios peculiares -o maior deles é o que
estão fazendo lá atores excepcionais como Sheen e Nighy.
ANJOS DA NOITE - A REBELIÃO
Produção: EUA/Nova Zelândia, 2009
Direção: Patrick Tatopoulos
Com: Michael Sheen, Bill Nighy
Onde: em cartaz no Eldorado, Jardim
Sul e circuito
Classificação: não indicado a menores
de 16 anos
Avaliação: ruim
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