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Novo prêmio celebra compositor Ary Barroso
DA REPORTAGEM LOCAL
A roupa é nova, mas a primeira
edição do Prêmio TIM de Música
traz com ela a experiência do empresário José Maurício Machline,
46, que carrega no currículo mais
de uma década de Prêmio Sharp.
Aposentada em 1999 e recriada no
ano passado, a premiação volta a
acontecer, em 23 de julho, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro,
rebatizada.
A mudança de figurino/patrocinador pouco influi, no entanto,
no formato da premiação, que
continua focalizada nos artistas/
lançamentos de destaque do mercado fonográfico nacional no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2002. Independentes
ou não.
"Como ficou muito mais fácil,
hoje, gravar e lançar um CD independente, de 85% a 90% do material que nos interessa vem desse
setor de mercado", diz Machline,
afirmando atender "quase a totalidade" dos lançamentos no país.
"A eliminação é por critério auditivo. Tem muita coisa mal gravada", diz.
Os três indicados em cada categoria -MPB, Pop/Rock, Samba,
Canção Popular, Regional, Instrumental, Projeto Visual, Revelação, Arranjador, Melhor Canção,
Especiais e Voto Popular- serão
anunciados no próximo dia 25,
mas as apostas em torno de nomes como Paralamas do Sucesso,
Milton Nascimento e os Tribalistas, campeões de votos no recente
Prêmio Multishow, já podem começar a ser feitas.
O valor total dos prêmios que
serão distribuídos aos vencedores
chega a R$ 160 mil.
Eletrônica
O notável crescimento da música eletrônica nacional não resultou, ainda, na criação de uma categoria só para ela.
Segundo os organizadores, o gênero estará incluído, entretanto,
em Projeto Especial, que englobará ainda lançamentos em língua
estrangeira, trilhas sonoras e discos infantis.
Durante a festa de cerimônia,
que terá como tema neste ano
-outra marca registrada do antigo Sharp- o compositor Ary
Barroso (1903-1964), haverá apresentações de Yamandú Costa, Zeca Pagodinho, João Bosco, Ney
Matogrosso e Elza Soares.
Elza, que deve cantar "Grand
Monde Crioléu", reproduzirá a
cena de seu primeiro encontro
com Ary Barroso, quando, ainda
caloura e magrinha, disse ao então apresentador de rádio que tinha vindo do "Planeta Fome".
O compositor será também homenageado em uma exposição do
acervo de sua filha, Mariuza Barroso, que inclui fotos, partituras e
outros objetos pessoais guardados por ela.
Por fim, o lado boleiro de Barroso, flamenguista e locutor esportivo apaixonado, será lembrado
com a participação dos atletas
Raí, Vampeta e Kaká, do comentarista esportivo Armando Nogueira e do apresentador de TV
Fausto Silva, convidados para fazer a entrega de alguns dos prêmios deste ano.
A direção musical da cerimônia
será de Wagner Tiso. O conselho
curador, encarregado de indicar o
nome dos 21 jurados do prêmio, é
formado, entre outros, pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, os
músicos Rita Lee, João Bosco e
Paulo Moura e o crítico musical
Zuza Homem de Mello.
(DIEGO ASSIS)
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