São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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Crítica/música/Joss Stone

Simpatia da cantora inglesa é pouco em show modorrento

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Não é difícil perceber por que Joss Stone já vendeu mais de 6 milhões de discos e faz shows lotados como o de anteontem à noite, no Via Funchal, em São Paulo. A voz rouca é sexy e combina com o tubinho prateado que acentua os 21 anos da cantora.
Ela sorri bastante e é simpática.
Mas algo ali não se encaixa.
Stone apareceu em 2003 e ajudou, com Amy Winehouse, a motivar uma nova geração de cantoras britânicas que buscam inspiração na soul music dos anos 1960 e 1970.
Os gritos das 6.000 pessoas (muito mais mulheres do que homens) que preenchem a casa paulistana às vezes tampam a voz da cantora -até porque o volume de som do microfone está mais baixo do que deveria.
Por mais que canções como "Super Duper Love" e "Put Your Hands on Me" tenham um apelo atual, muitas das músicas apresentadas no show, principalmente as do mais recente trabalho, "Introducing Joss Stone", soam arrastadas.
Se no disco Joss Stone consegue exprimir os sentimentos de canções tristes ou desoladoras, ao vivo sua alegria excessiva e os arranjos pop apenas suavizam as raízes soul das canções.
A banda que a acompanha (sete músicos) mais os três vocalistas de apoio são competentes -é o mínimo que se espera. Mas não conseguem disfarçar o ritmo modorrento do show.
Até "No Woman No Cry", clássico de Bob Marley, que fechou a apresentação, aparece apagada. Deve funcionar como música de fundo -como o restante das canções de Stone.


JOSS STONE
Quando:
hoje, às 21h, em Curitiba; amanhã, às 22h, em Porto Alegre
Onde: Teatro Positivo (r. Professor Pedro Viriato P. Souza, 5.300, Curitiba; tel. 0/xx/41/3315-0000; 12 anos); Pepsi On Stage (av. Severo Dullius, 1.995; Porto Alegre; tel. 0/ xx/51/3371-1948)
Quanto: de R$ 200 a R$ 400 (Curitiba); de R$ 100 a R$ 2.000 (Porto Alegre)
Avaliação: ruim


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