|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESPECIAL
Mandela atua como conselheiro de jovens
SHIN OLIVA SUZUKI
DA REDAÇÃO
Artífice da luta contra o apartheid, o regime de segregação racial imposto por décadas pelo governo da África do Sul, Nelson
Mandela completa hoje 85 anos e
ainda dá mostras de que pode fazer mais do que inspirar novas gerações de ativistas.
No especial que a MTV exibe
hoje, o líder negro foi convidado a
atuar como um "conselheiro" para um grupo de quatro jovens, engajados em procurar soluções para problemas de suas regiões: a
disseminação da Aids entre a população ugandense, a opressão do
poder militar em Mianmar e o
conflito no Oriente Médio.
As conversas são entremeadas
pela apresentação de pontos importantes da trajetória de Mandela, colocada em paralelo às preocupações dos participantes do especial.
"Como é possível renunciar à
família em nome do que você
acredita?", pergunta o jovem de
Mianmar, que vive hoje exilado
na Tailândia, onde trabalha em
campanhas contra a repressão em
seu país e distante da mãe.
Nelson Mandela reconhece o
dilema -recusou a chance de interromper seu período de 27 anos
preso, se desistisse de suas convicções-, mas diz que "[o exílio]
não significa que você abandonou
sua família. Você está lutando para conseguir que seus próximos
tenham direito a moradia decente, educação, a um salário justo,
algo que um governo não-democrático não está oferecendo".
A uma garota palestina e a um
israelense, que perderam parentes em incursões militares e ataques suicidas, o ex-presidente sul-africano fala sobre a possibilidade
do perdão:
"Se nós seguirmos o nosso cérebro e controlarmos a temperatura
do nosso sangue, seremos superiores ao nosso oponente. Se você
aceitar a integridade e a honestidade de seu oponente, ele tenderá
a considerar você e seu povo",
afirma Mandela, aludindo ao processo de reconciliação entre brancos e negros que vem sendo empreendido na África do Sul.
MEETING MANDELA: A STAYING
ALIVE SPECIAL. Quando: hoje, às 21h,
na MTV.
Texto Anterior: Erika Palomino Próximo Texto: Música - "Lipstick Killers"/"Buzzcocks": The New York Dolls lembram que rock também é escracho Índice
|