São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TELEVISÃO

Crítica

"Pixote" impressiona pela inquietação que transmite

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Trinta anos (ou 31) fazem diferença a um filme. Em 1978, rescaldo do cinema radical dos anos 60/70, "Pixote, a Lei do Mais Fraco" (Canal Brasil, 22h; 12 anos) me pareceu didático demais, quase acomodado.
Revisto hoje, o filme de Hector Babenco impressiona pela inquietação que transmite. Algo lembra o período de ditadura, a que o filme faz menção, quando aborda a violência no trato de menores carentes.
O que mais impressiona é que a intenção do filme passa pela necessidade de compreender (e resolver) a questão social. Assim era há 30 anos. Digamos que hoje oscilamos entre o brucutu (se é suspeito, pau nele) e a condescendência. O esforço de compreender o outro é valor em baixa.
Opções formidáveis: "Paranoid Park" (TC Cult, 20h25; 12 anos), de Van Sant, e "Os Implacáveis" (TCM, 23h40; 12 anos), de Sam Peckinpah.


Texto Anterior: O melhor do dia
Próximo Texto: José Simão: Ueba! William Bonner tá na Record!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.