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Exposição usa recursos visuais para atrair crianças
DA SUCURSAL DO RIO
O público entrará na exposição "Joaquim Nabuco: Brasileiro, Cidadão do Mundo" passando por um canavial cenográfico, e verá mais à frente o próprio Nabuco, em tamanho natural, dizendo algumas de suas
frases mais famosas, selecionadas pelo historiador Evaldo Cabral de Mello.
Lançar mão de recursos visuais contemporâneos para
contar a vida de um homem
morto há cem anos é uma aposta para atrair crianças e adolescentes, alvo mais desejado pela
curadora Helena Severo.
"No Rio, as [crianças] da zona
sul já ouviram falar dele, mas só
porque é nome de rua em Copacabana", diz ela.
De olho nesse público, ela
procurou ser didática. O primeiro módulo trata de "infância e formação", depois chega-se ao "abolicionista e pensador", fala-se do "diplomata e cidadão do mundo", e o percurso
termina com a participação na
Academia Brasileira de Letras e
um conjunto de peças como
manuscritos, edições originais
de livros e um autógrafo que
Machado de Assis lhe dedicou
em "Memorial de Aires".
Marcello Dantas e sua equipe
partiram de uma foto do rosto
de Nabuco para criar uma animação em que ele parece estar
falando ao público no teatro
Santa Isabel, em Recife. A voz é
do ator Othon Bastos. Na última sala, há outro trabalho de
Dantas: um painel em que frases do intelectual se movem.
A cenografia é do arquiteto
Chicô Gouvêa, que ampliou fotos de época de cidades em que
o intelectual viveu, entre as
quais Recife, São Paulo, Londres e Nova York.
Um retrato dele pintado
quando tinha oito anos, um
busto feito pelo escultor Rodolfo Bernardelli, uma escrivaninha em que trabalhou e a estatueta de madona que o acompanhou nos últimos anos de vida, após a reconversão ao catolicismo, estão na exposição. A
família de Nabuco foi a principal cedente de material. Numa
vitrine também se verá o documento original da Lei Áurea.
Os apelos visuais não significam, para Helena Severo, que a
mostra não inspire reflexões.
Para cada setor há um texto específico. Os autores são Humberto França, da Fundação
Joaquim Nabuco, o cientista
político Francisco Weffort, o
diplomata Rubens Ricupero e o
escritor Eduardo Portella, da
ABL.
(LFV)
JOAQUIM NABUCO: BRASILEIRO, CIDADÃO DO MUNDO
Quando: ter. a sex., das 10h às 17h30;
sáb. e dom., das 14h às 18h; até 4/10
Onde: Museu Histórico Nacional (pça.
Marechal Âncora, s/nº; 0/xx/21/2550-9220)
Quanto: R$ 6 (ter. a sáb.); entrada franca (dom.)
Classificação: livre
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